sábado, 7 de fevereiro de 2015

Flamengo 4 x 0 Barra Mansa - Fazendo o dever de casa

Estou de volta!!! Se dependesse disso pra viver, já teria desencarnado. Nem que aqui fosse decentemente visitado, viria sempre. Estou envolvido com drogas muita coisa pra dar atenção a um blog sem visitantes. Também não tenho disciplina pra isso. Agora, mesmo, tô numa preguiça danada e sem ideia nenhuma. Nem vou escrever outra linha pra esse parágrafo.

Bem... desde a última vez pra cá, ganhamos o torneio de verão em cima do São Paulo, mas não chamamos de mundial. E teve o empate do Macaé. Por força maior, não vi nenhum dos dois jogos. Ter visto também não garantiria postagem. Mas eu vi a goleada sobre o Barra Mansa. E vou traçar algumas poucas linhas sobre esse jogo.

Poi Zé! Os jogadores gordos fortinhos do Barra Mansa, time do qual eu desconhecia a existência, oriundos de um lugar onde não repousam holofotes, não se ganha estratosfericamente e se come pão com mortadela e refrigerante, na esquina depois do abismo, vieram até o Maracanã. Eu só conseguia pensar: esses caras vão chegar no segundo tempo, iguais aos meninos da copinha, caindo com cãibras (palavra feia desgraçada!). Até que não foi pra tanto. Também, não vi nenhum jogador do time rival que mereça destaque. Todos nivelados e por baixo.

Então, vamos aos comentários, ômi a ômi:

Cesar - esse jogo serviu pra mostrar que trata-se de um goleiro muito ruim com os pés (se enrolou em dois lances) e fantástico com as mãos (foi só um chute, mas foi o suficiente). Que o Flamengo não o negocie. Esse menino será ídolo da Nação.

Pará - é o lateral do caos. Cheguei a essa conclusão. Tenho a impressão de que ele está sempre mal posicionado, ele oscila bons e maus momentos, o jogo inteiro, mas, de repente, consegue um cruzamento preciso, desarma uma jogada... no caos, ele se encontra. Fez um bom segundo tempo.

Pico - é hors concours. Acho até que não comentarei mais as performances dele. Tudo que ele faz, pra mim, é fantástico. Joga bem, até mesmo se jogar mal. Não apareceu muito, mas é o Anderson Pico, né? Precisa mais?!

Wallace e Samir - nada em especial a destacar. Isso é bom!

Márcio Araújo - fez bom jogo. A calma de sempre (menos numa entrada por trás no 2º tempo). Também mostrou que aquela cabeçoila (como estou ridículo, hoje!) não serve apenas para fazer sombra na metade do campo, mas que se trata de um volante pensante. Gostei da atuação.

Canteros - jogou demais!!! Pra mim, o melhor em campo. Desde Petkovic, não tínhamos um cobrador de escanteios tão bom. E desde Elano e Chicão (engraxates da chuteira do Pet, incomparável) não tínhamos um cobrador de faltas assim. Gol, assistência, fora o espetáculo. Com liberdade, chegava à frente, finalizava, lançava, sempre com qualidade e categoria. Se mantiver o padrão, cai nas graças da torcida, de uma vez por todas. Pra mim, foi fantástico em campo.

Arthur Maia - está se soltando, mostrando muita vontade. Concorre com o Canteros pelas bolas paradas. O argentino saiu na frente. Arthur não foi bem nas cobranças de falta e pior ainda nos escanteios. Mas foi num escanteio que ele fez seu primeiro gol pelo Flamengo. Não, não foi olímpico, foi de cabeça (what???). O baixinho apareceu sem marcação, no meio da área, pra balançar a rede. Fora isso, se movimentou muito e criou bons lances. Se tem qualidade técnica pra ser o 10 do time, é cedo pra saber. Muitos tentaram. O que é certo é que ele é melhor que o Mugni. Mas, por momento, bela partida!

Everton - esse time é vocacionado para o jogo pelos lados e em velocidade. Everton é um emblema desse estilo de jogo. É a vontade em essência. Finalizou, cabeceou, deu assistência... está voltando à sua melhor forma. Tremam, rivais, Everton vem aí!

Nixon - fez bom jogo. Boa movimentação, principalmente pelos lados. Mostrou velocidade, técnica, poder de criação, mandou bola no travessão, fez a assistência pro segundo gol do Cirino... já está me convencendo.

Marcelo Cirino - fez a festa. Dois gols. Depois da saída do Hernane, precisávamos de um atacante assim, com cara de Flamengo. Não precisa ser craque, se suar a camisa e não se esconder da bola. Desencantou e acho que não vai parar mais. Apareceu muito, pelo meio e pelos lados. Sentiu-se à vontade e isso é ótimo.

Thallyson - substituiu Pico. Nada brilhante. Muita movimentação, pouca produção. Parece ter ainda muita confiança por adquirir.

Mugni - entrou em lugar de Everton. Teoricamente, briga pela vaga do Arthur. Mas, meu Deus, sem comparações. Foi o pior em campo. Muita frescura, a mesma má-vontade, fez partida horrível. Acho que não sabe que a torcida do Mais Querido do Universo tem tolerância zero com esse comportamento. Caminha pra ser o 2º Mattheus (não farei nenhum juízo de valor sobre a saída do menino, foi só uma comparação).

Alecsandro - pode ser goleador, tal e coisa, mas não sei se o Flamengo precisa tanto dele. Acho que não demora a pedirem sua cabeça. Não se identifica com nosso perfil. Fez péssima partida. Enquanto botar bola pra lá da linha do gol, vai ganhando sobrevida, mas acho que isso é pouco pra assegurar vaga no time. Façamos justiça, entrou quando o Barra Mansa adotou o esquema 11-0-0. Mesmo assim, muito ruim.

Daqui a pouco a bola rola pra Resende x Flamengo. Não vejo motivo para surpresas. Então, torcedor do Maior dentre os maiores, vamos curtir mais uma vitória e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Flamengo 1x0 Vasco - Tudo está no seu lugar no quartel de Abrantes (ou qualquer coisa do tipo)

Só dois dias depois do jogo e eu já estou por aqui?! Parece que estou levando esse troço mais a sério, quase um profissional do jornalismo... se as informações, hoje, não fossem instantâneas e ainda viessem de jegue ou jangada (no caso dos eventos internacionais, além-mar). Bem, mas como não tenho leitores, não há ninguém pra reclamar. O blog pega é o boi por eu ainda estar conseguindo fazer em dois, três dias. Estou até mais atento. Não tomo mais banho, faço pipoca, fico navegando, nem corto cheiro verde durante a partida (sim, sou um garoto irrequieto, na flor da idade, com hormônios pulsando em ritmo frenético). Só não sei até quando vai ser assim. Vamos ver o quanto eu aguento sem enjoar (lá ele!).

Pois é... tivemos Flamengo x Vasco, mas não foi a brocada que eu esperava. Vencemos, claro. Tinha gente que esperava mesmo um amistoso. Tadinhos dos inocentes, não sabem que não existe Flamengo x Vasco sem valer nada? Pelo contrário, esse dérbi (vai no Google, que não tô a fim de explicar) sempre vale tudo (salvaguardados os efeitos da Lei de Gil). E não estou falando da tal taça do Torneio de Manaus, porque ninguém engole isso, a não ser o Corinthians que recebe taça de torneio de verão e ainda chama de mundial. É vale tudo, a luta, a porradaria, mesmo - e não vou dar ibope pros idiotas brigões da arquibancada, porque aquilo ali não se justifica e não se fala mais nisso. Cartão amarelo pra todo lado. Mais pancada que futebol. O juiz, que parecia aqueles taxistas tiozões (meu pai é taxista, mas não está acabado daquele jeito) teve trabalho e ainda foi chamado de "meio cego" pelo Bernardo, numa entrevista sincera, ao fim do primeiro tempo. Cara, o Bernardo é muito zoeiro e já tinha mostrado isso quando pegou a mulher do traficante.

Então, abaixo, como de praxe, a análise, ômi a ômi, da rinha da partida entre Flamengo x Amigos do Roger (o jogador fazia questão de comentar que jogou, em algum lugar do Cosmo, com todo mundo que está no Vasco, hoje).

Paulo Victor - tem que ser muito goleiro pra fazer o que esse cara tá fazendo. Ô, Dunga, olha pra cá, queridão! Pegou um chute do Marcinho, quase da pequena área, uma cabeçada pro chão, que nem o juizão impugnando o lance tirou a moral da defesaça e ainda fez outra, no segundo tempo, saindo nos pés do jogador. Ainda teve uma defesa, que parece fácil, mas foi uma cabeçada de perto e o goleirão encaixou. Uma muralha. O melhor em campo, pelo segundo jogo consecutivo. A única unanimidade do nosso time.

Léo Moura - muita correria. Está jogando como se quisesse provar alguma coisa. A gente sabe que você se sente um meninão de 18, o problema não é a parte física, mas tática e técnica. Fora que a braçadeira de capitão precisa estar no braço do cara que tem o feeling, que consegue cadenciar a partida, ditar o ritmo, alinhavar o time, redescobrir o entrosamento que as investidas afoitas fazem parecer que não existe. Na verdade, o Léo estava mais afobado que todo mundo. Não fez bom jogo, novamente.

Anderson Pico - esse cara é fantástico, um show em campo! Erra passe e dá sorte, dá carrinho, aplica tackle de futebol americano no adversário e toma amarelo, dá passe e chuta com as duas (não ao mesmo tempo) e com curva, cruza na cabeça do companheiro... e ainda está fininho e jogou os 90'. Joga com muita vontade, o tempo todo. Virando xodó rubro-negro em 3, 2, 1...

Wallace e Samir - super discretos, de novo e, mais uma vez, PV foi o melhor em campo. Estou começando a ficar preocupado. O passe do Bernardo que encontrou o Marcinho livre me incomodou. Fora que perderam algumas pelo alto. Xerifão e guerreiro menino, vamos acordar!!!

Caceres - exerceu seu talento de acaba-baba mais uma vez. Fez uma falta no Montoya (esse cara não era piloto?) e tomou cartão. Chegou junto o tempo todo. Resumindo: foi o Caceres, mais uma vez.

Canteros - jogo com esse ritmo não é o alfajor do Canteros (não sei se argentino está acostumado com praia), o que é preocupante, porque todo clássico do Flamengo tem essa pegada.

Arthur Maia - começou jogando. À medida que for se soltando, vai melhorando. Todos têm gostado de suas atuações. Apresenta-se, participa e chegou a desperdiçar um lance, de cara com o gol, mas por causa da marcação, que chegou firme no lance.

Everton - roubou a bola do lambanceiro Sandro Silva, que se cagou todo ao tentar driblá-lo - e pensar que um dos poucos gols da carreira desse cara foi sobre o Flamengo, em 2008, jogando pelo Palmeiras. Aliás, não sei por que ainda me lembro disso. O 2008 fica por conta do Google - e guardou, com a frieza de um centroavante, a bola no fundo do gol. Está pegando ritmo, aos poucos.

Nixon - tentou uma caneta no estivador zagueiro Rodrigo, puxou um contra-ataque em velocidade... acho que foi isso. Movimentou-se bastante e foi razoável.

Marcelo Cirino - ainda não foi dessa vez. Ele se mexe muito, aparece pelos dois lados e pelo meio. Seus feitos na partida: deu um chute fraco a gol; em outra chance, adiantou demais; em outro, com frescura de chutar, passou para o Arthur Maia, que não chegou; tentou chegar antes do zagueiro, após bom passe do Nixon, mas não conseguiu; enfim, mostrou ter enorme vontade, apesar de não ser muito habilidoso. Meu presságio é que, quando sair o primeiro gol, a porteira vai abrir de vez. Ah! Ainda tomou um golpe de muay thai do Bernardo. O juiz não deu falta e foi chamado de "meio cego" pelo sincero Bernardo, que assumiu ter dado a bicuda na canela do jogador.

Pará - pela segunda vez, substituto do Léo no 2º tempo. Completamente perdido. Fica difícil o Léo sair, enquanto não tiver ninguém pro lugar dele.

Márcio Araújo - preocupantemente, pela segunda vez, o substituto do Caceres. Precisamos de um reserva pro cara, que faça sombra. Gosto do Márcio Araújo, mas pra ser o primeiro volante, tenho muitas dúvidas. A formiguinha (rápido, como se tivesse 6 pernas e cabeçudo) não comprometeu, mas também ainda não convenceu.

Lucas Mugni - teoricamente, faz a mesma função do Arthur Maia. Fica a maior parte do tempo apagado. Em um lance, chamou o adversário pra dançar. É talentoso, mas, no geral, joga numa maresia danada.

Luiz Antonio - estava calmo em campo. Tentou contribuir, mas não fez grande coisa. O Luxemburgo gosta dele. Se não emplacar agora, vai ficar difícil depois.

Bressan - no lugar do Marcelo Cirino, pofexô? (Putz, não queria fazer essa gracinha manjada!) Zagueiro no lugar de atacante, contra o Vasco? Aí, pega mal, Luxa! Serviu só pra gastar tempo. O Vasco não chegava à defesa do Flamengo, há alguns minutos.

Alecsandro - fora da área, é sensação de um homem a menos, não tem jeito.

E foi esse o jogo contra nosso sparring favorito. Mas, tenho que reconhecer que mesmo todo desmantelado, com a espinha daquele Olaria que caiu no Carioca, o Vice não foi mal. Chegou a ameaçar no 1º tempo. No 2º, mais assistiu que jogou e olha que o futebol do Flamengo nem estava lá essa beleza toda pra parar para assistir. Conformadamente, tomaram até olé. Porém, penso que o saldo deles não foi ruim. Parece que já tem um dedo do Doriva, aí. Só que até mesmo treinador jovem e cheio de ideias precisa de elenco competitivo e aquele do Ituano bateria o Vasco. Os destaques, que ainda fazem o time ser mais ou menos, são o quarteto Martin Silva (mais nome que habilidade), Rodrigo (serve pra meter medo em atacante), Guiñazu (idem), Marcinho (ainda dá caldo) e Bernardo (se não fizer mais merda pode ir longe).

Então, galera imaginária que me faz estar aqui, já que eu só estou aqui porque vocês não estão aí, blá blá blá, tal e coisa, viva todo mundo e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Flamengo 0 x 0 Shakhtar Donetsk (o que que eu sou sem o Google? Nada, nada, nada...) - Breves e leves considerações sobre a Copinha - Aquecimento pra pocar o Vice mais tarde - Título grande desgraçado!!!!!!

Domingo rolou Flamengo versus o time lá da Ucrânia, que poderia jogar o Brasileirão, porque não deve ter nem 5 estrangeiros no elenco. Na verdade, pelo ponto de vista do brasileiro. Pro ucraniano, o time só tem estrangeiros. Mas, deixemos de enrolação, que eu já tô doidão, refletindo numas ondas aqui - por falar nelas, o que é "fazer a pedra", Banda Djavú? Vocês fumam crack e ainda fazem apologia? E por que essa música está na minha cabeça, hoje? Já não basta a deprê batendo forte com as músicas de Pablo...!?

Voltando ao assunto, a transmissão foi feita pelo Esporte Interativo - EI para os íntimos. O canal que tem tudo a ver com minha forma de enxergar o futebol e com o espírito de porco desse blog. André Henning e VSR já são figuras míticas e compõem a melhor dupla existente quando o assunto é narrar futebol. André é o melhor narrador brasileiro, de longe. E é muito zoeiro. É tão zoeiro que tem menos cabelo que o pai. É tão zoeiro que ficava confundido o Cirino, dublê de cabeção do George O. Gore II (Michael Kyle Jr.) com o Gabriel, dublê de carcaça do Paul Tergat. Flamenguistaiada toda ligadona, teve Fla nos TT Mundo, mas pro Ibope, o Faustão estava ganhando de lavada. 

Por falar no Ibope, estava assistindo um programa de debates na TV Brasil  - embarca comigo, que aqui é cultura! - sobre os instrumentos de medição desse que é o instituto de maior credibilidade no que concerne ao assunto da aferição de audiência, mas que, contudo, está parado no tempo. Só mede audiência televisiva e por meios que podem ser postos em dúvida, fácil, fácil. Ô, Ibope, onde é que vocês botam suas maquininhas de medição? Parece que é só na casa daquelas velhas que deixam a televisão ligada na Globo, o dia todo, só pra fazer companhia pra elas. Nem sabem o que tá passando. O que importa é que a casa não esteja em silêncio. Começa com Fátima (aliás, começa antes, porque velho acorda de madrugada, mas eu não sei o que passa antes disso), entra no GE (elas devem ficar pês da vida nessa hora!), Jornal Hoje, Vídeo Show (ainda tem isso?), novela, novela, novela, noveja, novela, JN (vem pra frente da televisão só pra dar boa noite pro Willian Bonner), novela, novela, novela... e as véias nem sabem o que é controle remoto e que tem outros canais, outro programas que não sejam novelas. Ficam com medo de mudar o canal e desregular o aparelho e a Globo sumir.

Sei é que torço pelo dia que o futebol sairá das mãos da Globo. Que, enfim, nosso esporte predileto não estará em terceiro plano. Não terá que passar depois da novela das oito, das nove, sei lá! Galera que vai pro estádio não vai precisar voltar de madrugada pra casa. Se rolar jogo de tarde, de noite, quarta, quinta, sábado, vai ter emissora de TV aberta pra transmitir (nem sei se pode, mas isso seria bom!). Ia ser massa se o EI chegasse junto com os parceiros milionários deles pra derrubar esse império. Acho que eles concorreriam como TV fechada, mas não tenho certeza. Mas, só de ter essa opção, já seria o suficiente pra deletar a Globo do rol das emissoras sintonizadas em meu receptor, mas que tem tanta utilidade quanto o Canal do Boi. A Champions League (frescura pra não dizer Liga dos Campeões) os caras já levaram. Ah! Não tirem o sinal das nossas parabólicas, tipo a MTV! Vê lá, hein, EI!

Cara, eu nem lembrava que estava falando do jogo do Flamengo com o Shakhtar. Vamos analisar, então, esse primeiro jogo pra valer, da pré-temporada do Mengão:

Paulo Victor - muita coisa mudou desde o ano passado. Felipe perdeu a titularidade e eu queimei a língua e os dedos e a rosca. O cara vem fechando o gol, faz tempo. Nesse jogo, fez uns dois milagres. É Seleção, já! Se o cara consegue unanimidade junto à Nação, não precisa mais nada para defender a Seleção Brasileira. É bom pro Flamengo, é bom pro Brasil. Felipão - o goleiro encostado, não o bigodudo mal-humorado, acima do bem e do mal, do vexame dos 7x1 -, obrigado por tudo, cara, mas não dá mais. Estamos bem servidos e terceiro reserva de luxo caro pra caramba está fora de nossa realidade.

Léo Moura - tava muito doido. Cada erro mais tosco que o outro. Uns dois passes errados na frente da área, um deles foi um recuo horroroso pro PV. Parece que ele quer ficar, após o Carioca. Sei não, viu! Ô, Léo, eu respeito a tua história, mas que merda é essa, véio (sem ofensa)? Você já é nosso segundo maior lateral direito - em importância. Não digo melhor, porque, logicamente, não vi todos jogarem, ao longo de nossa história centenária -, mas não sei se isso é suficiente pra você jogar até os 50 e seguindo na lateral.

Anderson Pico - nível máximo de flamenguismo. O que esse cara fez no final do ano passado tem que servir de exemplo pra todo mundo que pensa em vestir o sacrossanto manto rubro-negro. Tinha uma chance e agarrou com gana, com força, enxergou ali um prato de comida e caiu de boca. Bem, o problema é que ele parece gostar de cair de boca na comida, um pouquinho além da conta. Mas, já tá entrando no shape que a gente espera que ele alcance. A massa fechou com ele. A massa rubro-negra, não tô falando de comida. Muita entrega na parte defensiva e também chega bem na frente. Lateral no Brasil, em regra, tem vocação ou pretensão ofensiva, mas os caras esquecem que são defensores. A defesa é prioridade, sempre. Era tão difícil entender, João Paulo? Nesse jogo, Pico começou dando um lançamento preciso, do campo de defesa ao de ataque e encerrou inventando um novo tipo de cruzamento, que até agora não entendi, rasteiro, chutando metade chão, metade bola. Mas, é isso. Pico é sempre nota dez. A cara do Fla.

Wallace - o menino que não entra fácil nos EUA encarnou o xerifão e foi bem. O problema é a mania de dar passes longos.  Se eu fosse o Luxa, diria pra ele: "Ô, terrorista, tá vendo isso aqui, a invenção mais bizarra do século, esse pau de selfie? Dá outro lançamento, pra você ver onde ele vai parar".

Samir - começou desatento, mas é muito zagueiro. Teve um momento que ele deu um carrinho frontal no Fred (o meia, não é o cone), que o moleque chacoalhou todo. Depois, com toda sutileza e fair play, foi levantar o cara e terminou de desmontá-lo. Sou muito fã do Samir!

Caceres - é como um Wallace à frente da zaga, uma espécie de alma gêmea do maluco beleza que manda lá atrás. A gente passa uma parte do jogo pensando "Esse cara é muito volante. É impossível viver sem ele". A outra parte do tempo, que ele passa com a bola, distribuindo o jogo, a gente pensa em pegar o pau de selfie pra ele também.

Canteros - tem intimidade com a bola. Faz tempo que eu não vejo alguém cobrar escanteio com a tranquilidade e facilidade que ele demonstra. Porém, continua muito envolvido com espiritismo e sempre dá uns passes que a gente nunca sabe pra quem são.

Gabriel - uma má vontade em voltar pra marcar! No ataque, ousou pouco, mas não se esconde. O menino é bom. Quem sabe, 2015 não seja o ano dele! Se não for, foi uma frase de estímulo. Se for, eu vou pagar de profeta.

Everton - trocou a correria frenética por um jogo mais contido, se movimentado muito em direção ao meio. Gosto mais do outro Everton, do "R1" travado.

Eduardo - fez gol empurrando o zagueiro (gol anulado, senão não seria 0x0, claro), furou uma cabeçada e participou muito no meio-campo, na organização. Parecia à vontade, enfrentando o ex-clube. Foi homenageado e tudo. Sei não, mas esse cara tem vocação pra ídolo. Parece daqueles que a gente quer por o nome na camisa. Mais uma profetada vaga. Uma hora eu me consagro.

Marcelo Cirino - a badalada contratação. Apareceu muito, perdeu dois gols... deixa o cara esquentar. Daqui a pouco, vai estar voando. Tomara que tenha guardado os primeiros gols pro Vice.

Cesar - se PV é Seleção hoje, agora, já, César é Seleção amanhã. Pegou um chute de um cara que dizem ser zagueiro do time de lá. Não me lembro o nome do gringo parrudão, mas parecia o Fedor Emelianenko (lê-se com "o" aberto no primeiro nome. O Fedor é das porradarias, mas é limpinho). Depois, pegou mais dois chutes do Nem, aquele mesmo que jogou no time do tapete. Demonstrando resquícios de tricolisse, ele ovulou após perder os gols.

Bressan - entrou querendo mostrar serviço. Isso conta muito. Quando vejo um loiro (ou gazo, como a gente diz por aqui) franzino em campo, fico meio agoniado. Lembranças de Tomás e Adryan. Mas nesse ano os dois vão deslanchar. Agora, chega, que meu dom profético tá perdendo credibilidade.

Marcelo - continua parecendo um bom reserva pra zaga. Saíram umas notícias de que ele está fazendo ioga... estranho pra um zagueiro, mas dou apoio. Se o Wallace é metido a filósofo, até na barba, quem sou eu pra dizer nada de um zagueiro metido a monge (entendo nada de cultura oriental).

Thallyson - dois "l" e um "y". E, sim, uma deficiência na mão. Prevejo que alguém vá fazer qualquer piadinha sobre isso em algum lugar, mas eu não consigo achar graça dessas coisas. Ele sempre jogou do meio pra frente, mas inventaram que o cara agora é lateral. Diferentemente do João Paulo, que inventou que é lateral, mas gostaria de jogar do meio pra frente. Ou seja, se o Luxa vai escalá-lo, está assumindo o risco. E, sim, ele cobra lateral perfeitamente.

Pará - minha preocupação é sempre essa: defesa. Se você é lateral, defenda. Se sobrar tempo, ataque. No futebol europeu e o italiano me chama a atenção, os laterais parecem zagueiros postados dos lados. O tamanho, a força, o posicionamento. o que não impede a chegada à frente. Se tem vigor físico e talento pra isso, ótimo. Pará foi bem, pra um primeiro teste.

Márcio Araújo - a torcida pega no pé desse cara. Reclamam tanto de estrelismo, deslumbramento, se irritam com Muralha e Luiz Antonio, mas não percebem que o cabeçudo discreto é taticamente perfeito. Não ganhamos nossos títulos com 11 Zicos em campo. Sempre foi necessário um Márcio Araújo, quieto, na dele. E, vez ou outra, ainda surpreende, como num jogo (não me lembro ao certo) no final do ano passado, em que ele deu um chutaço de média distância ao gol. Se ele quiser ousar mais, sendo dessa forma, não vou achar ruim e talvez a torcida entenda qual é a dele, afinal. O cara não é ruim, não. Só não pode ir fazer ioga com o Marcelo.

Luiz Antônio - esse menino é bom. Quem assistiu a Copa do Brasil 2013, sabe disso. O problema é a antipatia que ele despertou na gente. Nesse jogo, deu um belo chute de fora. Se defender mais e parar de pensar que é o Adílio, pode deslanchar. Só não sei se a Nação vai ter paciência com ele. Tá mais queimado que borda de pizza da promoção.

Arthur Maia - bom começo. Vale a pena apostar nesse rapaz. Estou esperando muito dele.

Lucas Mugni - erra e não volta pra buscar a bola, se não der a bola no pé dele, ele não corre atrás... precisando de umas aulas de flamenguismo com o Pico, urgentemente.

Alecsandro - sua participação foi um corta-luz performático, que deve ter ensaiado em casa com o irmão, que possibilitou o chute do Luiz Antônio. Eu gosto dele, mas não é o tipo vocacionado pra ídolo. Ninguém o tem nessa conta, por mais que tenha rodado os grandes times do Brasil. Enquanto fizer gol, vai estar ótimo. Contudo, deverá ser reserva nesse ano. Por mais que faça um bom pivô e tenha técnica razoável, penso que deveria ficar mais na área. Se não vai fazer nada incrível fora, fica na área, que fazendo gol, não há argumento contra.

Nixon - o mesmo Nixon. Sobrou pra ele, ele chuta. Atuação sem destaque, mas já garantiu seu lugar. Bom reserva.

Zico - só deu o pontapé inicial e foi um dos melhores em campo. A bola o respeita.

Luxemburgo - ao dominar com estilo uma bola que veio em sua direção, deve ter pensado "Por que eu não era assim quando jogava?". Trocou os 11. Testou gente pra caramba. O melhor é que no meio dos testados não tinha Frauches, Digão, Welinton, Muralha, Negueba, Val... boa parte das tranqueiras foi emprestada. A que ficou, espero que permaneça distante das quatro linhas.

Menção honrosa a Douglas Costa. Tem muita gente de olho nesse menino e o cara entrou comendo a bola. Pra mim, juntamente com o PV, o melhor em campo. Driblador, rápido, técnico, seria um bom reforço pra qualquer equipe, imagine as brasileiras - as equipes, não as marias chuteiras, que também cairiam pra dentro, pois não dispensam nada. Quem vê extrato da conta bancária, não vê cara nem coração.

Ah! Teve Copinha. Não assisti aos 3x0 sobre o Taboão e nem ao 1º tempo do jogo contra o Galo. E acho que o Luxa também não. Aliás, uma das funções da Copinha não é dar chance aos garotos para se mostrarem ao técnico do time principal? Quando acabou o amistoso (ao qual deram o nome de Granada Cup, não sei pra que), começou o jogo da molecada. Enfim... ficamos pelo caminho. Mas o saldo, pra mim, foi favorável. Às vezes, é melhor assim. Qualquer coisa sobe à cabeça desses moleques. Daqueles meninos campeões em 2011, só o Cesar parece ter saído pronto. Desses atuais, não sei se há alguém pronto. Meus destaques: Dumas, Jorge, Juan Felipe, Jajá, Cafú e Douglas Baggio. Merecem um olhar mais atento: Matheus Sávio e Ronaldo. Thiago Santos eu não engulo (lá ele!!!). Tecnicamente fraco, afobado, se mexe muito e pensa pouco. Perdeu alguns gols nessa partida. Em um dos lances, sozinho, escorregou bisonhamente. Nunca levanta a cabeça, não lê o jogo. É só correria. Parece um projeto de Negueba e de Negueba eu estou cheio. Sobre o Daniel, vida de goleiro é mais fácil. Se o cara chegou ali titular, a chance de ser aproveitado é grande. O menino parece bom. Não tem medo de sair pra abafar os ataques.

Enfim, hoje tem jogo com o freguês. Confesso, estava com saudade. Estou torcendo muito pra que não seja por menos de 3. Você deixa o Fiasco sem enfrentar o Flamengo alguns meses, eles já esquecem qual o lugar deles (por sinal, 3º lugar da 2ª divisão é pra se calar pra sempre, ou não?). Então, queridos, vamos ver o jogo de logo mais (nem sei quem vai transmitir) e, claro, não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Flamengo 1 x 0 Osasco - Copa São Paulo de Futebol Jr. - E não é que eu ainda quero escrever nessa bagaça!!!


E não é que eu e este espaço estamos vivos! Parece que esse bicho chamado Blog, não vai a óbito, se abandonado. Mesma sorte não teve meu hamster. Descanse em paz, Jurdigleidisson!

Eu andei pensativo, ocupado com umas paradas, com preguiça e aí vai trabalho, casa, cansaço, stress, outras ocupações, mais preguiça... com tudo isso fiquei com preguiçamuita dificuldade de atualizar esse bagulho aqui. Pra acabar de completar, sabe o que minha mulher me disse? Que vai subir num palco pra fazer strip-tease. Brincadeira! Quando a conheci, ela já trabalhava com isso. Zoando! Ela faz por hobbie. Claro que tô zoando, eu é que trabalho de go go boy no segmento “bear”.

Agora é que vejo que larguei a obra inacabada ainda no período da Liberta. Parte da preguiça do desânimo deve ter nascido aí. Acho que a gente não tem umas 5 Copas do Brasil porque perdíamos tempo sendo eliminados da Libertadores. Agora que dá pra jogar as duas, a gente fica de fora. Combinemos que ninguém me agrida e chega de rir da própria desgraça. Quem tem o Fiasco da Grama (sem efeito riscado) como rival, já tem motivos demais pra rir.

Muita coisa aconteceu de lá pra cá. Muita gente boa morreu, mas Val, Digão e Frauches continuam firmes, acabou um BBB, vai começar outro (já deu não, Globo???), Malhação nunca acaba (até o Exaltasamba acabou, aprende, Globo!), Suzane Von Richtshdashdçaskjbofen casou (ou não, alguém me atualize, por favor), "Deus mandou" uma menina se casar com um dos irmãos Cravinho (o deus dessa galera é bem zoeiro), Cr7 ganhou a terceira bola (não, ele não desenvolveu uma anomalia no saco escrotal) e por falar no assunto, Andressa Urach se lascou com o hidrogel (será que aquele gritinho histérico foi pra ela?). 

Enfim... passou-se quase um ano e em um ano acontece um monte de coisa... e eu não sou o Chapelin, pra ficar fazendo retrospectiva. Ah, é! Teve política (como se ela fosse temporal e não fosse onipresente, mas todo mundo me entendeu). E os cidadãos brasileiros continuam sem ter noção de como conduzir nossa púbere democracia, que talvez não amadureça nunca. Já nem tocam no assunto, embora quase se matassem no período eleitoral, digladiando-se entre disparos de “reaças” e “petralhas” – isso no alto escalão, dos intelectuais politizados, claro -, no campo azulado das emoções derramadas e acirradas, chamado feicibuque. Depois de tanto ódio, uma parte das pessoas não fala com aqueles que dantes figuravam em seu seleto grupo de milhares de amigos e a outra parte é bem cara-de-pau. Como o único retângulo dividido ao meio que me interessa é o campo de futebol - ah, bolo também! Sim, eu como meio bolo, facin! - e eu não concebo política com essa simplória divisão, poupei-me de tudo isso, pra não enlouquecer. Enquanto isso, seguem vivos, para alguns, com clareza ou não, proselitismo ou não, partidarismo clubístico e irracional ou não, Petrolão e congêneres. Se bem que seja lá como, ou não, melhor é não esquecer. E, em latência, fermentando pra feder bastante, os podres ainda não descobertos. Vale nota: isso não é um texto anti-Dilma. Detesto a cartilha do PSDB, tanto quanto a galera da estatização e expropriação (como se fosse possível isso não soar escroto). Detesto nosso modelo político e, normalmente também, nossos postulantes a representantes. Ah, com quem estou falando?! Vixe, chega dessa prosa ruim e inútil!

E no futebol, o de sempre. Agitação do mercado, aquela mesma imprevisibilidade dentro de campo, com exceção do Cruzeiro, que até contratou o Damião e deixou ir o Goulart, pra não esculhambar demais e equilibrar um pouquinho o Brasileirão deste ano. E nosso Flamengo está nas melhores mãos, da primeira diretoria profissional de sua história. Só o Negueba emprestado por dois anos já é pra glorificar de pé e entrar no mistério Ô decantalabassuriandecovas!!!! Mas tem muito mais acontecendo. Vamos semeando, Blues, que na hora da colheita, faremos muita festa e haverá pranto e ranger de dentes entre os times do submundo.

Bem... o que me trouxe aqui? A barra de endereços. Estava entediado, lendo um monte de coisa legal inútil, embasbacado com o que a internet abriga em seus recônditos, a saber, pornografia muita coisa boa, de verdade. O detalhe é que estava fazendo isso no trabalho, mas é só um detalhe. Enjoado de tudo, doido pra lançar minhas palavras ao mundo, aos meus milhões de leitores, claro!  resolvi soltar a franga, estilo CR7 na premiação da Bola de Ouro ah, loka! e dizer pra mim mesmo: ferre-se todo mundo. E como até quando falo comigo, envolvo todo mundo, venho aqui nesse espaço falar com todo mundo, sozinho, como sempre. Podia estar matando e não sendo preso, roubando e sendo proclamado herói por doentes militantes, me prostituindo e tendo um filme com Bruno Gagliasso fazendo meu papel, mas prefiro estar aqui não me dando bem assim. Deixa eu escrever, pra esquecer meus problemas.

Então, como definir o tema? Quem sai e quem entra? (só pra fugir do clichê do vai e vem, mercado da bola etc. Não é um filme pornô) Carências, deficiências e potencialidades do elenco rubro-negro? Falar do Walter Biscoito, o garoto que tem alegria nas tetas, o ídolo que me propiciou poder dizer que tenho corpo de atleta? Diferenças entre receptor e conversor digital? O eu lírico presente nas canções poéticas de Pablo do Arrocha? Segredo pro cuscuz salgado desenformar inteiro? São muitos temas interessantes e pertinentes, mas decidi falar do jogo Osasco x Flamengo, pela Copa São Paulo de Futebol Júnior. Por que? Porque eu quis. E por que só agora, que todo mundo já falou o que tinha que falar do jogo? Porque eu só pensei nisso agora. Porque é relevantes falar das nossas estrelas em formação e já escrevo no clima de aquecimento pra próxima partida, que será daqui a pouco (ah, tá!)

Na verdade, eu estava louco pra ver esses meninos, depois dos nove gols nos dois primeiros jogos. Aí, resolvi assistir e o negócio não agradou, não. Então, vamos ao que interessa. Largar de vadiagem - não confundir com viadagem porque isso eu não largo, não largo e não largo!!! - e ir ao que não interessa: o jogo.

Bem... continuo não tendo certeza se o campo tinha um gramado. Ainda desconfio que era areia tingida de verde. A bola tinha hora que tava mais doida que a bola maluca do Gugu  - tô ficando velho - ou aquelas pingo de leite de R$ 1, que se fizesse gosto levava uns 50 conto da gente no mês. Ou melhor, dos pais da gente. Uma ponta de unha sobrando, ali, mal cortada e era uma vez o baba. "Merda, véi, tu furou a bola!". Ai, ai, saudosa infância. Por falar em bola com efeito: Jabulani, sua poser!

Mas, já que era pra ter jogo, parei pra ver o espetáculo. Segue a análise, aspirante a aspirante:

Daniel – difícil avaliar. Sem chutes a gol, as bolas que chegaram à área foram bem abafadas por ele.

Ronaldo – parece ser um bom lateral direito. Foi muito consistente, principalmente defensivamente. Num abafa no fim do jogo, tratou de resolver. Formou boa dupla com Jorge. Ofensivamente, não criou muito, embora tenha se lançado ao ataque em toda a partida. Também não comprometeu em nenhum dos setores. Tem bom porte físico. Gostaria de vê-lo mais vezes.

Rafael Dumas e Dener – dupla de zaga foi segura na partida. Afastou todas as bolas aéreas. Individualmente, o primeiro chama atenção pelo porte físico. A mim, chegou a parecer um protótipo de Ronaldão (não sei se isso é bom ou não). No Brasil, não é muito comum vermos jogadores que fujam ao perfil “dublê do Grilo Falante", principalmente jovens, mesmo os defensores. O segundo, preciso ver de novo. Se bem que zagueiro que não aparece, às vezes, é bom sinal. Até me convenceria disso, fosse mais forte o adversário. Deixemos mesmo para a próxima.

Jorge – esse cara é diferente. A postura, a segurança, o toque na bola... difícil não notá-lo. Começou nervoso, errando um passe bizonho ("z" ou "s"?) e cometendo uma falta dura que resultou em cartão amarelo. Depois, tomou conta, principalmente no segundo tempo. Chega muito ao ataque e sempre criando. Tem boa técnica, velocidade, talento... vamos ver o que o futuro nos reserva.

Juan Felipe – gostei desse rapaz. Diferente pra um camisa 5. Calmo, com bom passe, não parece um brucutu com tendências psicopatas, como costuma-se esperar de alguém da posição.

Jajá – um dos jogadores mais louvados desse time, esteve apagado, sem inspiração. Quase deu um gol ao Osasco, tendo ele próprio que se recuperar para ajudar a afastar o perigo, no final. Fica pra próxima.

Cafú – indubitavelmente (jeito fresco de dizer “sem dúvida nenhuma”), o melhor em campo pelo Flamengo. Agudo, presente, gosta de arriscar. Não é de área, mas está sempre por ali. Distribui passes, cobra faltas, se lança no jogo. Sua perna esquerda é perigosa (sim, a boa é a oposta à perna boa do xará célebre. Não sei onde viram a semelhança). Fez o gol da vitória, numa cobrança de falta, que passou por baixo da barreira desastrada, já nos acréscimos. Só me preocupam as dancinhas. Na verdade, ele precisa de mais ginga, mais molejo e quando posicionar o cotovelo na altura do abdome pra simular uma dança a dois... ops... é... quer dizer, me preocupa essa história de faz gol, faz dancinha. A praga que mais tem devastado o cultivo de talentos jovens no nosso futebol é o deslumbramento, o estrelismo, o se achar craque antes da hora. Não sei se eles têm a dimensão do que é essa Copinha pra eles e da selva cruel e tenebrosa que é o futebol. Não é discurso conservador, só uma constatação. Dancinha é dispensável. Não tem como olhar para alguém se remexendo daquela maneira, após o gol que deu uma vitória suada sobre o fraco Osasco e julgar conveniente, apropriado, pertinente, cabível. Menos, Cafú! Não peque por excesso. Se não faltar futebol, tá ótimo. Não procure motivo.

Marquinhos – nem sabia que estava em campo, até ser substituído por Matheus Sávio.

Douglas Baggio – esse é camisa 9 vocacionado, à moda antiga, desses que estão em falta. Se vai vingar, não sei, mas me agrada. Fica ali figurando, desaparece na área, sem ficar afoito por isso. A bola o procura. Com ela, não faz feio, mas é muito melhor quando a relação entre os dois é de segundo. Não marcou por muito pouco. O pequeno artilheiro quase fez de cabeça, mas o goleiro do Osasco, o Matheus, protagonizou um lance tão bom quanto pintar com Lukscolor muito bonito e defendeu o tiro à queima roupa (cruzamento de Jorge).

Thiago Santos – definitivamente, não gosto desse formato de jogador, forjado numa matriz que desprestigia a inteligência. Mais um projeto de Negueba ou Marlone – vale a comparação com esse último, até pelas características físicas, embora, por incrível que pareça, ainda acho o Negueba superior tecnicamente, mesmo detestando-o e achando que ele é tecnicamente horroroso. Muita movimentação, se mexendo demais e não produzindo nada. Está sempre aparecendo na área, sem efetividade alguma e nunca parece levantar a cabeça, ler o jogo, pensar antes de fazer.

Felipe Vizeu – entrou em lugar de Douglas Baggio. Nada fez.

Luã Lúcio – entrou em lugar de Thiago Santos. Nada demais também.

Matheus Sávio – substituiu Marquinhos. Também não produziu muito, mandou uma bola na lua, mas demonstra ser um jogador que merece observação mais detida, principalmente pela tendência ao passe, à organização do jogo. Foi ele quem rolou a bola para o gol da vitória, na cobrança de falta. Nada espetacular, mas vale o registro. Serviu para mostrar que o treinador (esqueci o nome do cara e tô com preguiça de pedir ajuda a Tio Google) sabe mexer bem ui, danado!. Principalmente, sabe quem tirar.

Cabe menção honrosa a Jean Patric, jogador do Osasco. Pra mim, um dos melhores da partida. Ousado, acrobata, franzino, liso, lembra um Robinho com boa vontade e nos seus melhores momentos. Distribuiu chapéus na partida. Menino talentoso, que lembra aquilo que consideramos por anos a essência do futebol brasileiro. Fez uma ponte entre o futebol que temos e aquele que vamos esquecendo, paulatinamente, mas que admiramos tanto e ainda sobrevive na várzea, no amador, nos babas da vida, longe dos holofotes. Jean Patric fez valer ficar à frente da TV, numa sexta à noite.

O jogo foi feinho. Vou assistir o de hoje pra apagar a imagem do outro. Meninada, vocês estão me devendo. Contudo, obrigado por não passar o vexame do Santos e do Inter.

É muito difícil fazer prognósticos a partir de um campeonato como esse. O futebol brasileiro está abarrotado de eternas promessas. O Flamengo tem exemplos claros do quanto é complicado vaticinar que esse ou aquele vai acontecer, vai estourar, já pode subir pro Principal. Digão, Frauches, Muralha, Mattheus, Negueba, Lucas, Thomás, o ator Adryan - que resolveu ir nos envergonhar lá fora com sua meninice típica de criancinha criada a leite com pêra e Ovomaltine - são o esqueleto daquele time campeão em 2011. Samir esteve no elenco de 2012, eliminado na primeira fase, com três empates. Nixon nem jogou Copinha. E ainda temos fichas depositadas em Rafinha e Rodolfo. A verdade é que é tudo muito incerto. Tantos Carlos Alberto, Lulinha e Moraes por aí. O motivo? Não sei responder.

O futebol é muito cruel. Planta sonhos em 9 entre 10 meninos brasileiros. Desses, quantos chegarão a fazer uma peneira? Na concorrência brutal da peneira, quantos chegarão a ter a chance de serem avaliados outras vezes? Quantos serão levados às divisões de base de um clube profissional? Desses tantos, quantos chegarão ao time principal? Não vejo nenhum clube subir mais de 5 num ano. Se pros titulares está difícil, os reservas já estão condenados? E daqueles que chegam, quantos se firmarão e quantos ficarão à deriva? E quanto tempo terão para se firmar? Em quanto tempo deverão mostrar serviço e convencer a passional torcida? A quantos o destino sorrirá dando outras chances? A isso tudo, nem ajuntei os empresários, os favorecimentos, os patrimonialismos, as intempéries da vida, os atravessadores, as más companhias e influências etc. Uma selva na qual se lançam garotos pensando-se safos, vividos, malandros, mas que são meras presas lançadas a feras gananciosas, avaras, egoístas, num ambiente altamente hostil. Acima, falei das dancinhas. Fico imaginando o que é pra esses meninos - muitos deles (a maioria deles, tratando-se de Brasil) eu nem consigo imaginar a origem sofrida - estar num campeonato desse porte. Já é muito! Entretanto, tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe (disso, muitos não têm consciência, ou é pensamento que afastam, pra fugir da realidade). Ah, mas na Europa... não, não há parâmetro que permita a comparação.

Vixe! A coisa ficou muito séria nesse Blog bonito, sacaninha e aberto pra negócios. Tanto texto sem fazer gracinha, não vale o esforço. Então, paro distraído e sem inspiração, por aqui. Se a gente não brocar o Taboão da Serra (cara, quem batizava essas cidades?!), a zoeira vai comer em cima do nosso lombo. E eu quero ter uns dias de zoação ilimitada aos vices, que foram eliminados, hoje.

Então como é que era mesmo o texto de encerramento?, assista ao baba de hoje, pegue leve com os moleques e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.

Ô, texto grande do cacete!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Emelec 1 x 2 Flamengo - 02/04/2014 - a chama não se apaga

Esse zuêro só pode tá de brincadeira! Qual o critério utilizado pras postagens? Até agora, duas análises, sendo que a última foi há um mês e de um jogo do Estadual. Bem... eu explico e a resposta é simples: isso aqui é meu, minha mania de gente doida de conversar sozinho, porque ninguém nunca vai achar, muito menos ler esse bagulho. Por isso, eu pensei em fazer um comparativo entre os programas do Rafinha e do Danilo, passar a receita fresquinha e afrescalhada de mousse de cereja, que concebi recentemente, escrever sobre a Marcha dos Fascistas sem Deus da Família com Deus ou redigir um texto argumentativo sobre qual a posição correta do rolo, no porta papel higiênico. Mas, resolvi falar sobre o jogo de hoje. Então, para regozijo de ninguém além de mim, segue a análise, jogador ou quase a jogador, de mais um épico episódio da grandiosa história do mais querido do Cosmo.

Felipe - Fez o dele. Mas onde tem jegue (isso mesmo, sem efeito riscado!) no lugar de um zagueiro, goleiro é quem menos tem culpa.

Samir - De regular para mais. Tem tanto crédito, que escorrega num dia, falha no outro e continua inquestionável. Posicionamento é seu forte e isso ficou bem evidente hoje.

Wallace - Não tem sido o mesmo de 2013, mas também não merece ser detonado. Foi regular, sem mais. Vamos deixar as porradas pra quem merece.

João Paulo - Ainda não é esse. E eu vou contra a maré, ao gostar desse cara. Não corro o risco de apanhar na rua, porque só assumo isso nesse ignoto e semi-abandonado Blog. A torcida o rejeita com todas as forças, tanto que um gol e uma bola na trave contra a Cabofriense, no último passeio jogo, não aplacaram tanto ódio. Mas vejo no JP (intimidade não, é preguiça mesmo) uma qualidade rara de passe. Que ele é fraco defensivamente, é! Mas eu ainda acho que o erro foi do especialista em rugby que disse: "Esse menino vai dar um bom lateral esquerdo!". Hoje, não comprometeu lá atrás, se movimentou bastante e fez uma bonita jogada de efeito no início do jogo, numa troca de passes com direito a trivela, que o Muralha tratou de estragar com seu estilo peculiar de tocar a bola para jogadores imaginários.

Welinton - Enfim, chegamos! Vou me afastar do computador para reunir toda paciência que eu puder. Voltei! Quando todos acreditávamos que nada mais havia que este rapaz pudesse fazer para aumentar a ojeriza é isso aí, uma "ojeriza" no meio da cara! da torcida para com ele, ele insiste em ser o Welinton e nada pode ser mais horrível que isso. Ah, pode! O Welinton jogando na lateral direita. Isso é castigo demasiado é, demasiado! Eu uso palavras alienígenas até para torcedor do Fluminense. O jogo começou e eu já me perguntava o que fizemos para merecer isso. Ele vinha tentando estragar tudo, para não fugir ao seu feitio. Agarrou jogador dentro da área e jogou no chão, mas o árbitro não foi na dele. Eis que nosso "jênio" patenteia a marcação do leão marinho, resolve brincar de boliche humano, encarna o espírito de um rolo de macarrão e derruba o atacante do Ah le lek Emelec na área, dessa vez de forma clara e convincente. O juiz marcou, Welinton sentiu-se com o dever cumprido. Bem, se já é duro ser torcedor nessas horas, como deve ser ruim ser o Felipe e ter que temer não só o perigo do time rival, como o do próprio time!

Amaral - Não é bem um Willians, mas também corre, gruda, desarma, erra passe pra caramba!, tudo como manda o roteiro de um volante.

Muralha - Esse ainda vive uma crise e às vezes não sabe bem se é um volante, um meia, se joga futebol, se é do Flamengo, qual o seu nome, ou quem são aqueles três outros jogadores, além dos 10 companheiros, que surgem onde ele costuma dar seus passes mediúnicos. Saiu no início do 2º tempo, tão desorientado com a mudança, quanto estava durante toda a partida. Chamou o Jayme de mamãe e foi sentar-se no banco.

Gabriel - Perdidinho em campo. A maior parte do tempo, nem notei que estava lá. Por isso, nem sei o que comentar. Tenta de novo, Gabriel!

Everton - Como é bom ter o menino do R1 travado na equipe! Tá sempre numa vibe alucinada. Pelos lados, pelo meio, cruzando, como no lance do pênalti, desarmando, brigando pela bola... nunca se omite ou cochila.

Paulinho - Se é bom ter um velocista onipresente no time, ter dois é muita doideira! Juro que chego a ver dois Evertons e três Paulinhos em campo. Já que correr é seu ofício, então vamos ao que ele fez de novidade: três finalizações. Tentou uma vez por cobertura, outra vez de cabeça, com a mesma ineficiência. Na terceira, meteu o desfibrilador nos peitos do corpo rubro-negro que jazia sobre o leito da Libertadores. O monitor cardíaco apontava situação muito crítica, até que nos acréscimos do 2º tempo, pra acabar com aquele 1 x 1 angustiante, Paulinho restabeleceu os nossos batimentos. A chama da esperança não se apagou.

Alecsandro - Continuo destacando como maior virtude do Alecgol, fazer o que o Brocador não faz. Gols! Tô zuando, calma! Ele sabe ser um autêntico pivô. Se preciso alternar e fazer as vezes de um segundo atacante, ele se reposiciona, arma, se apresenta, mas acima de tudo, não nega fogo. O Welinton deles meteu a mão na bola, ignorando a precisão do chute de Alecsandro, que fez nosso gol de pênalti, no início da partida.

Chicão - Parece que faz muito com bem pouco. Ficou por curto tempo em campo, mas se fez notar. Continuo querendo vê-lo em outra posição. Deixem que Paulinho e Everton corram por ele, mas permitam que ele jogue mais vezes.

Recife - Senhor, o que foi aquilo? Como um raio devastador, ele entrou pra esculhambar. Fez o que o Muralha não conseguiu. Errou dois passes no mesmo lance, um deles resultando no gol de pênalti do Ah, Moleque! Emelec. Depois desse jogo, sugiro jamais combinar Welinton e Recife. Essa mistura pode ser letal.

Negueba - E não é que o Forrest Gump rubro-negro aprontou de novo? Fora a competição com os outros maratonistas para saber quem corre mais, ele deu uma assistência, que Xavi, Xabi Alonso e Iniesta nenhum botariam defeito. Bola redondinha, na medida, para Paulinho empurrar pro gol.

Jayme - Jaymão, não maltrata quem tanto gosta de você. Welinton de lateral, nunca mais. Nem de zagueiro, roupeiro, massagista, manobrista... e deixa o Recife amadurecer um pouco. Afaste-o do Welinton das más influências e dê outra chance ao menino, mais pra frente.

Pois é, galera imaginária, igual aos companheiros do Muralha, estamos vivos e mais esperançosos que em qualquer outro momento. Não tem motivo pra surpresa no Maraca. O mais difícil, já foi. Samir, deixe pra mostrar seu talento de patinador em outro momento. João Paulo, larga de ser tosco, senão vai ficar difícil continuar te defendendo. Paulinho e Everton: run, run, run! Resto do time: façam o básico e esqueçam aquele Workshop ministrado por Wallace, Amaral e Muralha, sobre como dar passes a longa distância com efeito e precisão.

Então, já que eu não analiso derrota ou empate, nem vitória, quando o sono é maior mais uma vez, meu desejo é que você comemore saudável, temperante e moderadamente e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Flamengo 2 X 0 Bonsucesso - 05/03/2014 - Pro gasto!

Primeiramente, é importante esclarecer o motivo de comentar este jogo, mais um do Estadual, com classificação já assegurada e entrando com time reserva (misto, para os mais exigentes). Pois bem, eu explico: porque eu quero! Após tão simpática e convincente elucidação, prossigamos para a análise do time, nesta partida, um a um, sem deixar ninguém de fora nem o Carlos Eduardo:

Felipe - Fechou o gol contra um time que não é bom nem é um sucesso. Poderia fazer uma piada sobre propaganda enganosa, direito do consumidor, devolução do valor do ingresso pra quase ninguém, menos pro Felipe, que não pagou para assistir quase ninguém pagou e ainda ficou no melhor lugar... poderia, mas não foi bem assim. O time finalizou bem mais que o CAP (prefiro escrever um texto explicando o motivo de usar a sigla, do que redigir por extenso o nome quilométrico de qualquer Atlético. Aliás, "quilométrico" é maior que "Atlético"... onde eu estava mesmo...? Ah! Voltando...) ... O Insucesso adversário chutou a gol, bem mais que o CAP finalizou nas duas finais da Copa do Brasil. Felipe pegou tudo, mais uma vez.

Samir - Thuram, é você? Está pra nascer um jovem zagueiro seguro e confiante como Samir. Juntamente com Felipe, pra mim, o melhor em campo. Preciso, presente, impecável!

Chicão - Sempre quis ver o Chicão jogando em outra posição. Não que ele faça mal sua função ou que um zagueiro não possa ser hábil. Bem ao contrário das duas hipóteses lançadas, Chicão consegue ser um monstro na defesa, tendo uma impulsão e senso de posicionamento que compensam sua estatura e pouca velocidade, e tem uma técnica acima do comum, o que só o auxilia na posição. O desperdício não está em o Chicão ser zagueiro e sim em ser zagueiro num time com tantos bons zagueiros para brigar pela titularidade. Jogadores como Chicão são versáteis por sua própria natureza incomum. Primeiro ou segundo volante, lateral, meia, atacante? Acho que nunca saberemos, mas intuo que ele possa brigar por mais que apenas uma posição na zaga. Ele poderia brigar por duas posições na zaga! Brincadeira! Quero dizer que ele merecia uma oportunidade de mostrar sua capacidade em outro setor do campo, principalmente nesse time que não tem tantos especialistas em passes e bolas paradas.

Leo - O genérico xará foi discreto. Quando foi menos discreto, conseguiu se embaraçar com a bola, dentro da área do Semsucesso adversário, num daqueles lances que a gente fica, de casa, grunhindo "chuta, chuta!", entre dentes e cada vez mais alto, e fazendo o movimento com o pé. Ele não chutou, eu trinquei um dente e quebrei um dedo chutando a cômoda. Brincadeira! Eu decepei um pedaço da língua e sofri uma luxação. Tô zoando! O dente já estava frágil devido ao meu bruxismo e no mais foi só uma fratura exposta.

André Santos - Quando você já está classificado e quer colocar um time em campo com uns três ou quatro titulares, só para poder chamá-lo frescamente (isso existe?) de time misto, você escolhe os mais jovens, preparados fisicamente e que suportam jogar várias partidas consecutivas, sem grande desgaste, não é? Eu sei que você não é treinador e não escolhe nada; é só um modo de dizer. Pois bem... por que será que na minha cabeça, André Santos não parece se enquadrar nessa definição? Seja como for, ele foi muito bem. Criou oportunidades, acertou uma bola na trave, subiu ao ataque com frequência e participou com o enorme corpo, do gol marcado pelo Alecsandro. Não comprometeu na defesa e se movimentou bastante. Certo, ele me convenceu, mas tem um cara que deve estar com mais vergonha que eu. Quem foi que disse que o André Santos não poderia mais jogar como lateral? Ensina ele, Jayme, ensina! Na sua cara, Mano! Nunca mais a Nação vai te respeitar, assim como a quem te colocou na Seleção. Ensina ele, Felipão, ensina! Temos bons laterais, principalmente no que toca à qualidade ofensiva. E já que estou ousado hoje, queria ver esse time jogando com três zagueiros e dois alas.

Amaral - Nosso atual pit bull teve um dia ruim. Nada demais, seja pra bem ou pra mal. Uma participação que não rende mais que três linhas.

Márcio Araújo - Estava ansioso para vê-lo em campo. Nunca antes tinha me detido em uma análise mais acurada sobre as qualidades do folclórico "Marcinho Gente Boa". Dizem por aí que ele invoca a série B, mas como nunca jogou em um time grande, a verdade é que só agora saberemos (ativando modo Zoeira Ilimitada). Os outros torcedores se dividem entre os que pensam que ele tem muita garra e entrega e os que acham que ele se gasta numa correria improfícua (toma uma "improfícua" por cima da cara, escrita às 3 da madrugada!), errando passes com a mesma frequência com que comentam o tamanho da sua cabeça. O que eu vi é que o rapaz gosta de correr. É rápido e trocou passes com muita precisão. Foram muitas as vezes em que, quando ele caiu pelo lado direito, minha mente me enganou e disse se tratar do Rafinha que retornou de empréstimo, do Bahia. Enfim, não teve nenhum lampejo de genialidade. Realmente, o que mais me marcou foi a imagem do seu corpo franzino na tela e sua cabeça proeminente. Eu já fui magro e cabeçudo. Ainda sou cabeçudo (acho que cabeças não emagrecem ou diminuem), mas o corpo que se desenvolveu em redor do meu crânio protuberante, deu uma disfarçada. Desejo sorte ao Márcio Araújo! Não em disfarçar a agigantada cabeça, mas em sua história que está se iniciando no Flamengo.

Mugni - O menino é esforçado. Correu muito e deve ter se cansado bastante. O tempo vai passar e com a experiência ele vai aprender, no final do dia, a responder com o que se cansou, porque hoje eu não creio que ele saiba muito bem. Não foi tão produtivo, mas buscou jogo, lançou, arrancou um "uuuuhhhh!" (se bem que acho que foi mais pra um "tsssssss", o que muda tudo) num chute de fora e, no geral, mostrou evolução. Também mostrou que raramente uma cabeça pensa bem o jogo e cabeceia bem. Pra altura, já é interessante sua aspiração à camisa 10. Enfim, espero que ele realmente seja melhor pensando, que cabeceando. Siga em frente, Mugni! Entrega é o primeiro passo para conquistar a confiança da Nação!

Everton - Ninguém corre mais que Everton. Não importa o que aconteça, ele corre. Seria o Forrest Gump rubro-negro, não fosse a plena consciência do seu papel na equipe. Arma, desarma, aparece no meio, no ataque, na defesa, sempre correndo muito! Me chamem do que quiserem, mas sou um fã da geração Bomba Patch pirataria pesada, do PS2. Às vezes, aquele joystick "original" da SONI (sic!) travava o R2. Esse é o Everton: o jogador do R2 travado. Mas, sejamos justos, sua correria é produtiva, ele é habilidoso e o cara, hoje, é uma peça fundamental para a equipe. Grande reforço! Ah, se Elias voltasse... que belo time teríamos!

Gabriel - Se movimenta muito. Tem feito boas partidas e está incluso naquela lista negra da torcida, que foi elaborada para uma possível barca, e que cada vez mais joga contra sua autora. Agora, Gabriel é mais um xodó de todo mundo. Sua evolução é clara e parece que ninguém mais contesta seu talento. Na partida de hoje, não foi brilhante, como a maioria não foi, mas chegou a dar bom chute a gol. Sei é que Gabriel promete muito.

Alecsandro - Parecia estar mais à vontade, naquela posição de "9" exclusivo, o homem do gol, o "Brocador" da vez. Como artilheiro que é, guardou mais um. E confirmando o que já disse noutro post, longe de ser um cone, recebeu, carregou e deu uma assistência também.

Negueba - Este sim, é o autêntico Forrest Gump. Apreciador de uma correria, numa ingenuidade quase infantil, Negueba just wanna have fun. Por isso, ele não pensa muito nas circunstâncias. Aquilo tudo parece ser louco demais pra ele. E é assim que, por vezes, ele é um gênio, um herói, um craque, quase que por acidente. Hoje, em um ou dois lances, foi o dia de chamarem-no de idiota. Quem sabe na próxima...

Nixon - Qual sua posição? Caindo pelos lados, jogando pelo centro, na última linha ou atrás do centroavante? Mas ele é mesmo um bom jogador ou apenas esforçado? A irregularidade de Nixon não permite uma resposta precisa. Mas, pra quem fica sabendo que ele entrou no 2º tempo, com placar em 0 x 0, fez um gol e deu uma assistência, a primeira hipótese chega a soar óbvia. Fato é que no jogo de hoje ele entrou, desequilibrou e garantiu nossa vitória. Preciso ver mais Nixon, antes de uma conclusão.

Carlos Eduardo - Senhor, tende piedade de nós!

Jayme - Só não foi perfeito por um motivo: lembrou da existência do Carlos Eduardo.

Pois é! Eu quis usar "hoje" ao invés de "ontem". Ainda estou vivendo o mesmo dia, o meu "hoje". Se isso desagrada, lasque-se me perdõe, mas quem sabe quando o futebol brasileiro sair das mãos da Globo, os jogos deixem de terminar à meia-noite e deixemos, por conseguinte, de comemorar "amanhã"!

Mais uma vez, meu voto é que você comemore de forma salutar e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.