quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Flamengo 3 x 1 Emelec - 27/02/2014 - Sim, o Maraca é nosso!

Primeiro jogo em casa - sim, em casa, porque o Maraca é e será sempre nosso e a depender de qual seja seu time, botamos maioria na casa de vocês também - pela Taça Libertadores da América - o nome oficial não é esse, mas não faço merchandising gratuito pra marca de pneu nenhum. Não é preguiça, é implicância mesmo, até porque acabo de escrever "merchandising". E a história...? Esta eu registro abaixo, jogador a jogador, guerreiro a guerreiro:

Felipe - Não me permito mais discutir sobre o Felipe. A rixa da torcida para com ele merece um post à parte. Assisti hoje a alguns vídeos da possível e provável contratação do Barça, o jovem Ter Stegen. A tendência "acrobata" está presente ali, mas a parcela corneteira da torcida do Flamengo não está. Gostaria de saber quantos goleiros mundo afora andam agarrando e encaixando bolas, mas, enfim... chega de comparações para que eu não seja mal compreendido. Felipe tem sido nossa muralha e mais uma vez correspondeu. Se evocarem uma saída do gol ocorrida no início do certame (sim, tenho mente de velho), lembro da defesa de mão trocada feita por ele. Já sei! Ele tinha que agarrar aquela bola, não é? Enfim, nosso paredão não teve muito trabalho e o único gol do Ah le lek Emelec surgiu da sempre vilã, bola desviada no zagueiro.

Samir - Bem... esse foi o zagueiro do tal desvio. O futebol traça destinos injustos. Que não seja imputada culpa a esse jovem que tem sido quase perfeito em sua função. Que menino incrível! Seguro, sempre bem posicionado, não inventa (só foi ao ataque no fim, como que numa tentativa de redenção, que não julgo necessária, porque ele tem muito crédito), não se omite e é entrega total na marcação dos oponentes. Um craque! Hoje, pra mim, um dos 4 melhores em campo.

Wallace - O gladiador da nossa defesa. Reverteu toda desconfiança inicial, transformando-a em apoio. É quase uma unanimidade, e faz da dupla com Samir, uma das melhores do Brasil.

Leo Moura - O inesgotável. Ainda não o vi jogar mal esse ano. Com esse eu queimei a língua. Quantos chegam à sua idade jogando com tamanha intensidade? Nem me culpo. Leo Moura é um monstro! Seria injusto dizer que ele é o Vasco segundo maior lateral direito de nossa história? Quando peca é por ação, nunca por omissão. Foi assim no cartão amarelo de hoje, após falta dura. Leonardo da Silva Moura, jogue mais uns dez anos, por favor.

André Santos - O vejo como um jogador hábil, técnico, com certas limitações físicas tá um pouco gordo. Hoje, seu desempenho superou as expectativas e o sobrepeso e vimos André Santos dar uma assistência perfeita pro Brocador, após belo lance de corpo roliço. Aliás, um dos pontos fortes do André é o passe, além da experiência e poder de criação pena que tá pançudo. Fico pensando que Leo Moura e André Santos, com alguns anos a menos, seriam uma dupla histórica.

Muralha - A instabilidade típica dos mais novos. Luiz Antônio também foi assim, até se tornar um dos heróis da conquista da Copa do Brasil 2013 e um dos pilares daquele esquema campeão. Como não acompanho novela, não sei o que houve com o referido rapaz. O Muralha já jogou bem como primeiro e como segundo volante. É um jogador técnico, de bom porte físico, com bom passe, assim como seu chute de média distância. Mas é afoito. Penso que merece nossa paciência. Hoje, foi apagado e facilmente vencido nos embates homem a homem, dando uma dificultada na vida do paraguaio multiuso.

Cáceres - Injustiçado pela memória curta de alguns torcedores, que tantas vezes pediram sua inclusão na barca com destino ao "nunca mais". Me lembro do seu esforço para vir jogar no Flamengo. Mas não o apoio só por isso. Hoje, pra mim, Cáceres foi ainda melhor que lá no México. Quase impecável defensivamente, chegando a atuar dentro da área com a zaga, em alguns momentos, ainda tentou jogadas de ataque, com bons lançamentos, sendo que um deles encontrou Everton, que terá destaque mais abaixo. E pra quem o acusou de lesma, a forma como puxou o contra-ataque do 3º gol, merece uma menção honrosa.

Elano - Não peçam que ele corra, dê carrinhos, faça lances de efeito. Deem a ele dois lances. Em um ele faz um gol de falta e no outro arranja um passe de letra / calcanhar pro André Santos fazer a assistência que mencionei acima. Como é bom ter um cérebro de novo na equipe!

Mugni - Também merece nossa paciência. Jovem, comprado por baixo custo e habilidoso. Compará-lo ao Carlos Eduardo é uma temeridade. Hoje, foi um a menos em campo, mas substituído no momento certo.

Everton - Esse é o gladiador onipresente. Supriu a ausência do Paulinho com louvor. Defende, ataca, sempre com vigor e agressividade e não se cansa. Que bom que aqui a justiça se fez presente e Everton deixou o dele, após uma tentativa frustrada por um zagueiro que teimou em aparecer no caminho da bola, após ter ficado rendido no chão o goleiro adversário. Antes disso, ainda no 1º tempo, já havia acertado a trave. Chutou de longe outras vezes, demonstrando a gana, a raça que lhe é característica e que a torcida tanto admira e valoriza. Na chance certa, liberou o terceiro grito da massa rubro-negra espalhada por esse mundo.

Hernane - Será que vai? Foi a despedida? Sei é que, seja lá quem for nosso camisa 9, a bola precisa chegar. A maldição do Vagner Love não pode persistir. Essa história de ficar vendo o homem de referência atrás do meio-campo, passando mais tempo brigando pela bola do que a recebendo na área, é inconcebível, principalmente quando se tem um "Brocador". Uma chance clara, um gol. Simples assim. Hernane assim. Se for, obrigado por tudo, Hernane e te desejo a melhor sorte lá no Oriente.

Feijão - Ficou em campo por tempo suficiente para tomar um cartão amarelo.

Alecsandro - Tem mostrado que sabe ser mais que um "cone", como o consideravam os torcedores das equipes por onde passou. Sabe fazer gol e isso é indiscutível. Mas sabe também jogar atrás do último homem do ataque. Arranca, dribla, passa, lança... estamos vendo um Alecsandro mais maduro e versátil. Tenho animadoras perspectivas sobre o que ainda pode fazer pelo Mengão. Por enquanto, é o homem do 2º tempo.

Gabriel - Esse merece ficar por último na análise. Já tinha se tornado comum ver torcedores pedindo sua cabeça. Mas, quem viu aquele garoto franzino, liso, rápido, habilidoso e com vocação de atacante, no Bahia, não podia estar tão enganado. Bastou um tempo a mais de pré-temporada e pronto! Aos que queriam a saída de Cáceres e Gabriel, sugiro que não opinem sobre Erazo e Mugni. Aliás, sobre ninguém. Gabriel entrou no jogo pedindo, exigindo a sua vaga. Vem jogando um absurdo e é capaz de alterar a disposição de toda a equipe. Desde o tempo das críticas, não tem medo de chutar. Junte-se a isso uma postura ofensiva agressiva e hábil, capaz de desmontar uma retranca como a do Ah, Moleque! Emelec. Gabriel, seu lugar é entre os 11. Te vira, Jayme!

Jayme - Por falar em Jayme, ver desmontado um esquema que garantiu um título de nível nacional, e entrar numa competição internacional em seguida, não é brincadeira. Elano não faz a função do Elias, mas faz outra que ninguém antes fazia. Cáceres tem mostrado a versatilidade necessária para cobrir, ora esta vaga, ora a do outro rapaz que resolveu jogar em outros campos. E o melhor: barrou o Carlos Eduardo! Jaymão, estou fechado contigo! Se você conseguir superar os percalços que estamos enfrentando, teu posto de herói rubro-negro em nossos corações estará assegurado.

Hoje foi um dia de vestir a camisa do Mengão e não querer mais tirar. Temos condições de granjear uma vaguinha na próxima fase. E como cada degrau é galgado no seu tempo, hoje é tempo de comemorar. Comemore e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso. Que seja incompatível com a glória de ser um torcedor flamenguista.

Adiando a primeira postagem...

Como a "homenagem" ao Carlos Eduardo não conta como post, porque transcende esta condição e consiste quase na razão de existir desse espaço, fiquei pensando no que mais escrever aqui. Quis traçar algumas linhas a título de análise das partidas do Mengão. Para isso, era só esperar o esquadrão rubro-negro entrar em campo. Pensei: "Começo amanhã! É meu aniversário e é dia de Fla x Flu". Bem... próxima sugestão. Estreia na Libertadores... acho que logo terei uma ocasião melhor. Aí veio o Vasco... nenhuma novidade e não vou dar margem a questionamentos do freguês. Esperei outro adversário maior, mais imponente e importante. Aí vieram Madureira e Resende. Mas se superioridade frente ao Fiasco da Grama Vasco da Gama for critério, vou ser obrigado a escrever sobre todos os jogos do Carioca, além dos amistosos, etc. Enfim, chega o dia 27/02/2014... vamos registrar nossa história!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Contando as horas...

Ah, Carlos Eduardo... não vejo a hora! Não sei a paciência dos meus colegas torcedores, mas a minha...