Primeiramente, é importante esclarecer o motivo de comentar este jogo, mais um do Estadual, com classificação já assegurada e entrando com time reserva (misto, para os mais exigentes). Pois bem, eu explico: porque eu quero! Após tão simpática e convincente elucidação, prossigamos para a análise do time, nesta partida, um a um, sem deixar ninguém de fora nem o Carlos Eduardo:
Felipe - Fechou o gol contra um time que não é bom nem é um sucesso. Poderia fazer uma piada sobre propaganda enganosa, direito do consumidor, devolução do valor do ingresso pra quase ninguém, menos pro Felipe, que não pagou para assistir quase ninguém pagou e ainda ficou no melhor lugar... poderia, mas não foi bem assim. O time finalizou bem mais que o CAP (prefiro escrever um texto explicando o motivo de usar a sigla, do que redigir por extenso o nome quilométrico de qualquer Atlético. Aliás, "quilométrico" é maior que "Atlético"... onde eu estava mesmo...? Ah! Voltando...) ... O Insucesso adversário chutou a gol, bem mais que o CAP finalizou nas duas finais da Copa do Brasil. Felipe pegou tudo, mais uma vez.
Samir - Thuram, é você? Está pra nascer um jovem zagueiro seguro e confiante como Samir. Juntamente com Felipe, pra mim, o melhor em campo. Preciso, presente, impecável!
Chicão - Sempre quis ver o Chicão jogando em outra posição. Não que ele faça mal sua função ou que um zagueiro não possa ser hábil. Bem ao contrário das duas hipóteses lançadas, Chicão consegue ser um monstro na defesa, tendo uma impulsão e senso de posicionamento que compensam sua estatura e pouca velocidade, e tem uma técnica acima do comum, o que só o auxilia na posição. O desperdício não está em o Chicão ser zagueiro e sim em ser zagueiro num time com tantos bons zagueiros para brigar pela titularidade. Jogadores como Chicão são versáteis por sua própria natureza incomum. Primeiro ou segundo volante, lateral, meia, atacante? Acho que nunca saberemos, mas intuo que ele possa brigar por mais que apenas uma posição na zaga. Ele poderia brigar por duas posições na zaga! Brincadeira! Quero dizer que ele merecia uma oportunidade de mostrar sua capacidade em outro setor do campo, principalmente nesse time que não tem tantos especialistas em passes e bolas paradas.
Leo - O genérico xará foi discreto. Quando foi menos discreto, conseguiu se embaraçar com a bola, dentro da área do Semsucesso adversário, num daqueles lances que a gente fica, de casa, grunhindo "chuta, chuta!", entre dentes e cada vez mais alto, e fazendo o movimento com o pé. Ele não chutou, eu trinquei um dente e quebrei um dedo chutando a cômoda. Brincadeira! Eu decepei um pedaço da língua e sofri uma luxação. Tô zoando! O dente já estava frágil devido ao meu bruxismo e no mais foi só uma fratura exposta.
André Santos - Quando você já está classificado e quer colocar um time em campo com uns três ou quatro titulares, só para poder chamá-lo frescamente (isso existe?) de time misto, você escolhe os mais jovens, preparados fisicamente e que suportam jogar várias partidas consecutivas, sem grande desgaste, não é? Eu sei que você não é treinador e não escolhe nada; é só um modo de dizer. Pois bem... por que será que na minha cabeça, André Santos não parece se enquadrar nessa definição? Seja como for, ele foi muito bem. Criou oportunidades, acertou uma bola na trave, subiu ao ataque com frequência e participou com o enorme corpo, do gol marcado pelo Alecsandro. Não comprometeu na defesa e se movimentou bastante. Certo, ele me convenceu, mas tem um cara que deve estar com mais vergonha que eu. Quem foi que disse que o André Santos não poderia mais jogar como lateral? Ensina ele, Jayme, ensina! Na sua cara, Mano! Nunca mais a Nação vai te respeitar, assim como a quem te colocou na Seleção. Ensina ele, Felipão, ensina! Temos bons laterais, principalmente no que toca à qualidade ofensiva. E já que estou ousado hoje, queria ver esse time jogando com três zagueiros e dois alas.
Amaral - Nosso atual pit bull teve um dia ruim. Nada demais, seja pra bem ou pra mal. Uma participação que não rende mais que três linhas.
Márcio Araújo - Estava ansioso para vê-lo em campo. Nunca antes tinha me detido em uma análise mais acurada sobre as qualidades do folclórico "Marcinho Gente Boa". Dizem por aí que ele invoca a série B, mas como nunca jogou em um time grande, a verdade é que só agora saberemos (ativando modo Zoeira Ilimitada). Os outros torcedores se dividem entre os que pensam que ele tem muita garra e entrega e os que acham que ele se gasta numa correria improfícua (toma uma "improfícua" por cima da cara, escrita às 3 da madrugada!), errando passes com a mesma frequência com que comentam o tamanho da sua cabeça. O que eu vi é que o rapaz gosta de correr. É rápido e trocou passes com muita precisão. Foram muitas as vezes em que, quando ele caiu pelo lado direito, minha mente me enganou e disse se tratar do Rafinha que retornou de empréstimo, do Bahia. Enfim, não teve nenhum lampejo de genialidade. Realmente, o que mais me marcou foi a imagem do seu corpo franzino na tela e sua cabeça proeminente. Eu já fui magro e cabeçudo. Ainda sou cabeçudo (acho que cabeças não emagrecem ou diminuem), mas o corpo que se desenvolveu em redor do meu crânio protuberante, deu uma disfarçada. Desejo sorte ao Márcio Araújo! Não em disfarçar a agigantada cabeça, mas em sua história que está se iniciando no Flamengo.
Mugni - O menino é esforçado. Correu muito e deve ter se cansado bastante. O tempo vai passar e com a experiência ele vai aprender, no final do dia, a responder com o que se cansou, porque hoje eu não creio que ele saiba muito bem. Não foi tão produtivo, mas buscou jogo, lançou, arrancou um "uuuuhhhh!" (se bem que acho que foi mais pra um "tsssssss", o que muda tudo) num chute de fora e, no geral, mostrou evolução. Também mostrou que raramente uma cabeça pensa bem o jogo e cabeceia bem. Pra altura, já é interessante sua aspiração à camisa 10. Enfim, espero que ele realmente seja melhor pensando, que cabeceando. Siga em frente, Mugni! Entrega é o primeiro passo para conquistar a confiança da Nação!
Everton - Ninguém corre mais que Everton. Não importa o que aconteça, ele corre. Seria o Forrest Gump rubro-negro, não fosse a plena consciência do seu papel na equipe. Arma, desarma, aparece no meio, no ataque, na defesa, sempre correndo muito! Me chamem do que quiserem, mas sou um fã da geração Bomba Patch pirataria pesada, do PS2. Às vezes, aquele joystick "original" da SONI (sic!) travava o R2. Esse é o Everton: o jogador do R2 travado. Mas, sejamos justos, sua correria é produtiva, ele é habilidoso e o cara, hoje, é uma peça fundamental para a equipe. Grande reforço! Ah, se Elias voltasse... que belo time teríamos!
Gabriel - Se movimenta muito. Tem feito boas partidas e está incluso naquela lista negra da torcida, que foi elaborada para uma possível barca, e que cada vez mais joga contra sua autora. Agora, Gabriel é mais um xodó de todo mundo. Sua evolução é clara e parece que ninguém mais contesta seu talento. Na partida de hoje, não foi brilhante, como a maioria não foi, mas chegou a dar bom chute a gol. Sei é que Gabriel promete muito.
Alecsandro - Parecia estar mais à vontade, naquela posição de "9" exclusivo, o homem do gol, o "Brocador" da vez. Como artilheiro que é, guardou mais um. E confirmando o que já disse noutro post, longe de ser um cone, recebeu, carregou e deu uma assistência também.
Negueba - Este sim, é o autêntico Forrest Gump. Apreciador de uma correria, numa ingenuidade quase infantil, Negueba just wanna have fun. Por isso, ele não pensa muito nas circunstâncias. Aquilo tudo parece ser louco demais pra ele. E é assim que, por vezes, ele é um gênio, um herói, um craque, quase que por acidente. Hoje, em um ou dois lances, foi o dia de chamarem-no de idiota. Quem sabe na próxima...
Nixon - Qual sua posição? Caindo pelos lados, jogando pelo centro, na última linha ou atrás do centroavante? Mas ele é mesmo um bom jogador ou apenas esforçado? A irregularidade de Nixon não permite uma resposta precisa. Mas, pra quem fica sabendo que ele entrou no 2º tempo, com placar em 0 x 0, fez um gol e deu uma assistência, a primeira hipótese chega a soar óbvia. Fato é que no jogo de hoje ele entrou, desequilibrou e garantiu nossa vitória. Preciso ver mais Nixon, antes de uma conclusão.
Carlos Eduardo - Senhor, tende piedade de nós!
Jayme - Só não foi perfeito por um motivo: lembrou da existência do Carlos Eduardo.
Pois é! Eu quis usar "hoje" ao invés de "ontem". Ainda estou vivendo o mesmo dia, o meu "hoje". Se isso desagrada, lasque-se me perdõe, mas quem sabe quando o futebol brasileiro sair das mãos da Globo, os jogos deixem de terminar à meia-noite e deixemos, por conseguinte, de comemorar "amanhã"!
Mais uma vez, meu voto é que você comemore de forma salutar e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.
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