quarta-feira, 2 de abril de 2014

Emelec 1 x 2 Flamengo - 02/04/2014 - a chama não se apaga

Esse zuêro só pode tá de brincadeira! Qual o critério utilizado pras postagens? Até agora, duas análises, sendo que a última foi há um mês e de um jogo do Estadual. Bem... eu explico e a resposta é simples: isso aqui é meu, minha mania de gente doida de conversar sozinho, porque ninguém nunca vai achar, muito menos ler esse bagulho. Por isso, eu pensei em fazer um comparativo entre os programas do Rafinha e do Danilo, passar a receita fresquinha e afrescalhada de mousse de cereja, que concebi recentemente, escrever sobre a Marcha dos Fascistas sem Deus da Família com Deus ou redigir um texto argumentativo sobre qual a posição correta do rolo, no porta papel higiênico. Mas, resolvi falar sobre o jogo de hoje. Então, para regozijo de ninguém além de mim, segue a análise, jogador ou quase a jogador, de mais um épico episódio da grandiosa história do mais querido do Cosmo.

Felipe - Fez o dele. Mas onde tem jegue (isso mesmo, sem efeito riscado!) no lugar de um zagueiro, goleiro é quem menos tem culpa.

Samir - De regular para mais. Tem tanto crédito, que escorrega num dia, falha no outro e continua inquestionável. Posicionamento é seu forte e isso ficou bem evidente hoje.

Wallace - Não tem sido o mesmo de 2013, mas também não merece ser detonado. Foi regular, sem mais. Vamos deixar as porradas pra quem merece.

João Paulo - Ainda não é esse. E eu vou contra a maré, ao gostar desse cara. Não corro o risco de apanhar na rua, porque só assumo isso nesse ignoto e semi-abandonado Blog. A torcida o rejeita com todas as forças, tanto que um gol e uma bola na trave contra a Cabofriense, no último passeio jogo, não aplacaram tanto ódio. Mas vejo no JP (intimidade não, é preguiça mesmo) uma qualidade rara de passe. Que ele é fraco defensivamente, é! Mas eu ainda acho que o erro foi do especialista em rugby que disse: "Esse menino vai dar um bom lateral esquerdo!". Hoje, não comprometeu lá atrás, se movimentou bastante e fez uma bonita jogada de efeito no início do jogo, numa troca de passes com direito a trivela, que o Muralha tratou de estragar com seu estilo peculiar de tocar a bola para jogadores imaginários.

Welinton - Enfim, chegamos! Vou me afastar do computador para reunir toda paciência que eu puder. Voltei! Quando todos acreditávamos que nada mais havia que este rapaz pudesse fazer para aumentar a ojeriza é isso aí, uma "ojeriza" no meio da cara! da torcida para com ele, ele insiste em ser o Welinton e nada pode ser mais horrível que isso. Ah, pode! O Welinton jogando na lateral direita. Isso é castigo demasiado é, demasiado! Eu uso palavras alienígenas até para torcedor do Fluminense. O jogo começou e eu já me perguntava o que fizemos para merecer isso. Ele vinha tentando estragar tudo, para não fugir ao seu feitio. Agarrou jogador dentro da área e jogou no chão, mas o árbitro não foi na dele. Eis que nosso "jênio" patenteia a marcação do leão marinho, resolve brincar de boliche humano, encarna o espírito de um rolo de macarrão e derruba o atacante do Ah le lek Emelec na área, dessa vez de forma clara e convincente. O juiz marcou, Welinton sentiu-se com o dever cumprido. Bem, se já é duro ser torcedor nessas horas, como deve ser ruim ser o Felipe e ter que temer não só o perigo do time rival, como o do próprio time!

Amaral - Não é bem um Willians, mas também corre, gruda, desarma, erra passe pra caramba!, tudo como manda o roteiro de um volante.

Muralha - Esse ainda vive uma crise e às vezes não sabe bem se é um volante, um meia, se joga futebol, se é do Flamengo, qual o seu nome, ou quem são aqueles três outros jogadores, além dos 10 companheiros, que surgem onde ele costuma dar seus passes mediúnicos. Saiu no início do 2º tempo, tão desorientado com a mudança, quanto estava durante toda a partida. Chamou o Jayme de mamãe e foi sentar-se no banco.

Gabriel - Perdidinho em campo. A maior parte do tempo, nem notei que estava lá. Por isso, nem sei o que comentar. Tenta de novo, Gabriel!

Everton - Como é bom ter o menino do R1 travado na equipe! Tá sempre numa vibe alucinada. Pelos lados, pelo meio, cruzando, como no lance do pênalti, desarmando, brigando pela bola... nunca se omite ou cochila.

Paulinho - Se é bom ter um velocista onipresente no time, ter dois é muita doideira! Juro que chego a ver dois Evertons e três Paulinhos em campo. Já que correr é seu ofício, então vamos ao que ele fez de novidade: três finalizações. Tentou uma vez por cobertura, outra vez de cabeça, com a mesma ineficiência. Na terceira, meteu o desfibrilador nos peitos do corpo rubro-negro que jazia sobre o leito da Libertadores. O monitor cardíaco apontava situação muito crítica, até que nos acréscimos do 2º tempo, pra acabar com aquele 1 x 1 angustiante, Paulinho restabeleceu os nossos batimentos. A chama da esperança não se apagou.

Alecsandro - Continuo destacando como maior virtude do Alecgol, fazer o que o Brocador não faz. Gols! Tô zuando, calma! Ele sabe ser um autêntico pivô. Se preciso alternar e fazer as vezes de um segundo atacante, ele se reposiciona, arma, se apresenta, mas acima de tudo, não nega fogo. O Welinton deles meteu a mão na bola, ignorando a precisão do chute de Alecsandro, que fez nosso gol de pênalti, no início da partida.

Chicão - Parece que faz muito com bem pouco. Ficou por curto tempo em campo, mas se fez notar. Continuo querendo vê-lo em outra posição. Deixem que Paulinho e Everton corram por ele, mas permitam que ele jogue mais vezes.

Recife - Senhor, o que foi aquilo? Como um raio devastador, ele entrou pra esculhambar. Fez o que o Muralha não conseguiu. Errou dois passes no mesmo lance, um deles resultando no gol de pênalti do Ah, Moleque! Emelec. Depois desse jogo, sugiro jamais combinar Welinton e Recife. Essa mistura pode ser letal.

Negueba - E não é que o Forrest Gump rubro-negro aprontou de novo? Fora a competição com os outros maratonistas para saber quem corre mais, ele deu uma assistência, que Xavi, Xabi Alonso e Iniesta nenhum botariam defeito. Bola redondinha, na medida, para Paulinho empurrar pro gol.

Jayme - Jaymão, não maltrata quem tanto gosta de você. Welinton de lateral, nunca mais. Nem de zagueiro, roupeiro, massagista, manobrista... e deixa o Recife amadurecer um pouco. Afaste-o do Welinton das más influências e dê outra chance ao menino, mais pra frente.

Pois é, galera imaginária, igual aos companheiros do Muralha, estamos vivos e mais esperançosos que em qualquer outro momento. Não tem motivo pra surpresa no Maraca. O mais difícil, já foi. Samir, deixe pra mostrar seu talento de patinador em outro momento. João Paulo, larga de ser tosco, senão vai ficar difícil continuar te defendendo. Paulinho e Everton: run, run, run! Resto do time: façam o básico e esqueçam aquele Workshop ministrado por Wallace, Amaral e Muralha, sobre como dar passes a longa distância com efeito e precisão.

Então, já que eu não analiso derrota ou empate, nem vitória, quando o sono é maior mais uma vez, meu desejo é que você comemore saudável, temperante e moderadamente e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Flamengo 2 X 0 Bonsucesso - 05/03/2014 - Pro gasto!

Primeiramente, é importante esclarecer o motivo de comentar este jogo, mais um do Estadual, com classificação já assegurada e entrando com time reserva (misto, para os mais exigentes). Pois bem, eu explico: porque eu quero! Após tão simpática e convincente elucidação, prossigamos para a análise do time, nesta partida, um a um, sem deixar ninguém de fora nem o Carlos Eduardo:

Felipe - Fechou o gol contra um time que não é bom nem é um sucesso. Poderia fazer uma piada sobre propaganda enganosa, direito do consumidor, devolução do valor do ingresso pra quase ninguém, menos pro Felipe, que não pagou para assistir quase ninguém pagou e ainda ficou no melhor lugar... poderia, mas não foi bem assim. O time finalizou bem mais que o CAP (prefiro escrever um texto explicando o motivo de usar a sigla, do que redigir por extenso o nome quilométrico de qualquer Atlético. Aliás, "quilométrico" é maior que "Atlético"... onde eu estava mesmo...? Ah! Voltando...) ... O Insucesso adversário chutou a gol, bem mais que o CAP finalizou nas duas finais da Copa do Brasil. Felipe pegou tudo, mais uma vez.

Samir - Thuram, é você? Está pra nascer um jovem zagueiro seguro e confiante como Samir. Juntamente com Felipe, pra mim, o melhor em campo. Preciso, presente, impecável!

Chicão - Sempre quis ver o Chicão jogando em outra posição. Não que ele faça mal sua função ou que um zagueiro não possa ser hábil. Bem ao contrário das duas hipóteses lançadas, Chicão consegue ser um monstro na defesa, tendo uma impulsão e senso de posicionamento que compensam sua estatura e pouca velocidade, e tem uma técnica acima do comum, o que só o auxilia na posição. O desperdício não está em o Chicão ser zagueiro e sim em ser zagueiro num time com tantos bons zagueiros para brigar pela titularidade. Jogadores como Chicão são versáteis por sua própria natureza incomum. Primeiro ou segundo volante, lateral, meia, atacante? Acho que nunca saberemos, mas intuo que ele possa brigar por mais que apenas uma posição na zaga. Ele poderia brigar por duas posições na zaga! Brincadeira! Quero dizer que ele merecia uma oportunidade de mostrar sua capacidade em outro setor do campo, principalmente nesse time que não tem tantos especialistas em passes e bolas paradas.

Leo - O genérico xará foi discreto. Quando foi menos discreto, conseguiu se embaraçar com a bola, dentro da área do Semsucesso adversário, num daqueles lances que a gente fica, de casa, grunhindo "chuta, chuta!", entre dentes e cada vez mais alto, e fazendo o movimento com o pé. Ele não chutou, eu trinquei um dente e quebrei um dedo chutando a cômoda. Brincadeira! Eu decepei um pedaço da língua e sofri uma luxação. Tô zoando! O dente já estava frágil devido ao meu bruxismo e no mais foi só uma fratura exposta.

André Santos - Quando você já está classificado e quer colocar um time em campo com uns três ou quatro titulares, só para poder chamá-lo frescamente (isso existe?) de time misto, você escolhe os mais jovens, preparados fisicamente e que suportam jogar várias partidas consecutivas, sem grande desgaste, não é? Eu sei que você não é treinador e não escolhe nada; é só um modo de dizer. Pois bem... por que será que na minha cabeça, André Santos não parece se enquadrar nessa definição? Seja como for, ele foi muito bem. Criou oportunidades, acertou uma bola na trave, subiu ao ataque com frequência e participou com o enorme corpo, do gol marcado pelo Alecsandro. Não comprometeu na defesa e se movimentou bastante. Certo, ele me convenceu, mas tem um cara que deve estar com mais vergonha que eu. Quem foi que disse que o André Santos não poderia mais jogar como lateral? Ensina ele, Jayme, ensina! Na sua cara, Mano! Nunca mais a Nação vai te respeitar, assim como a quem te colocou na Seleção. Ensina ele, Felipão, ensina! Temos bons laterais, principalmente no que toca à qualidade ofensiva. E já que estou ousado hoje, queria ver esse time jogando com três zagueiros e dois alas.

Amaral - Nosso atual pit bull teve um dia ruim. Nada demais, seja pra bem ou pra mal. Uma participação que não rende mais que três linhas.

Márcio Araújo - Estava ansioso para vê-lo em campo. Nunca antes tinha me detido em uma análise mais acurada sobre as qualidades do folclórico "Marcinho Gente Boa". Dizem por aí que ele invoca a série B, mas como nunca jogou em um time grande, a verdade é que só agora saberemos (ativando modo Zoeira Ilimitada). Os outros torcedores se dividem entre os que pensam que ele tem muita garra e entrega e os que acham que ele se gasta numa correria improfícua (toma uma "improfícua" por cima da cara, escrita às 3 da madrugada!), errando passes com a mesma frequência com que comentam o tamanho da sua cabeça. O que eu vi é que o rapaz gosta de correr. É rápido e trocou passes com muita precisão. Foram muitas as vezes em que, quando ele caiu pelo lado direito, minha mente me enganou e disse se tratar do Rafinha que retornou de empréstimo, do Bahia. Enfim, não teve nenhum lampejo de genialidade. Realmente, o que mais me marcou foi a imagem do seu corpo franzino na tela e sua cabeça proeminente. Eu já fui magro e cabeçudo. Ainda sou cabeçudo (acho que cabeças não emagrecem ou diminuem), mas o corpo que se desenvolveu em redor do meu crânio protuberante, deu uma disfarçada. Desejo sorte ao Márcio Araújo! Não em disfarçar a agigantada cabeça, mas em sua história que está se iniciando no Flamengo.

Mugni - O menino é esforçado. Correu muito e deve ter se cansado bastante. O tempo vai passar e com a experiência ele vai aprender, no final do dia, a responder com o que se cansou, porque hoje eu não creio que ele saiba muito bem. Não foi tão produtivo, mas buscou jogo, lançou, arrancou um "uuuuhhhh!" (se bem que acho que foi mais pra um "tsssssss", o que muda tudo) num chute de fora e, no geral, mostrou evolução. Também mostrou que raramente uma cabeça pensa bem o jogo e cabeceia bem. Pra altura, já é interessante sua aspiração à camisa 10. Enfim, espero que ele realmente seja melhor pensando, que cabeceando. Siga em frente, Mugni! Entrega é o primeiro passo para conquistar a confiança da Nação!

Everton - Ninguém corre mais que Everton. Não importa o que aconteça, ele corre. Seria o Forrest Gump rubro-negro, não fosse a plena consciência do seu papel na equipe. Arma, desarma, aparece no meio, no ataque, na defesa, sempre correndo muito! Me chamem do que quiserem, mas sou um fã da geração Bomba Patch pirataria pesada, do PS2. Às vezes, aquele joystick "original" da SONI (sic!) travava o R2. Esse é o Everton: o jogador do R2 travado. Mas, sejamos justos, sua correria é produtiva, ele é habilidoso e o cara, hoje, é uma peça fundamental para a equipe. Grande reforço! Ah, se Elias voltasse... que belo time teríamos!

Gabriel - Se movimenta muito. Tem feito boas partidas e está incluso naquela lista negra da torcida, que foi elaborada para uma possível barca, e que cada vez mais joga contra sua autora. Agora, Gabriel é mais um xodó de todo mundo. Sua evolução é clara e parece que ninguém mais contesta seu talento. Na partida de hoje, não foi brilhante, como a maioria não foi, mas chegou a dar bom chute a gol. Sei é que Gabriel promete muito.

Alecsandro - Parecia estar mais à vontade, naquela posição de "9" exclusivo, o homem do gol, o "Brocador" da vez. Como artilheiro que é, guardou mais um. E confirmando o que já disse noutro post, longe de ser um cone, recebeu, carregou e deu uma assistência também.

Negueba - Este sim, é o autêntico Forrest Gump. Apreciador de uma correria, numa ingenuidade quase infantil, Negueba just wanna have fun. Por isso, ele não pensa muito nas circunstâncias. Aquilo tudo parece ser louco demais pra ele. E é assim que, por vezes, ele é um gênio, um herói, um craque, quase que por acidente. Hoje, em um ou dois lances, foi o dia de chamarem-no de idiota. Quem sabe na próxima...

Nixon - Qual sua posição? Caindo pelos lados, jogando pelo centro, na última linha ou atrás do centroavante? Mas ele é mesmo um bom jogador ou apenas esforçado? A irregularidade de Nixon não permite uma resposta precisa. Mas, pra quem fica sabendo que ele entrou no 2º tempo, com placar em 0 x 0, fez um gol e deu uma assistência, a primeira hipótese chega a soar óbvia. Fato é que no jogo de hoje ele entrou, desequilibrou e garantiu nossa vitória. Preciso ver mais Nixon, antes de uma conclusão.

Carlos Eduardo - Senhor, tende piedade de nós!

Jayme - Só não foi perfeito por um motivo: lembrou da existência do Carlos Eduardo.

Pois é! Eu quis usar "hoje" ao invés de "ontem". Ainda estou vivendo o mesmo dia, o meu "hoje". Se isso desagrada, lasque-se me perdõe, mas quem sabe quando o futebol brasileiro sair das mãos da Globo, os jogos deixem de terminar à meia-noite e deixemos, por conseguinte, de comemorar "amanhã"!

Mais uma vez, meu voto é que você comemore de forma salutar e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso; que seja incompatível com a glória de ser um Torcedor Flamenguista.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Flamengo 3 x 1 Emelec - 27/02/2014 - Sim, o Maraca é nosso!

Primeiro jogo em casa - sim, em casa, porque o Maraca é e será sempre nosso e a depender de qual seja seu time, botamos maioria na casa de vocês também - pela Taça Libertadores da América - o nome oficial não é esse, mas não faço merchandising gratuito pra marca de pneu nenhum. Não é preguiça, é implicância mesmo, até porque acabo de escrever "merchandising". E a história...? Esta eu registro abaixo, jogador a jogador, guerreiro a guerreiro:

Felipe - Não me permito mais discutir sobre o Felipe. A rixa da torcida para com ele merece um post à parte. Assisti hoje a alguns vídeos da possível e provável contratação do Barça, o jovem Ter Stegen. A tendência "acrobata" está presente ali, mas a parcela corneteira da torcida do Flamengo não está. Gostaria de saber quantos goleiros mundo afora andam agarrando e encaixando bolas, mas, enfim... chega de comparações para que eu não seja mal compreendido. Felipe tem sido nossa muralha e mais uma vez correspondeu. Se evocarem uma saída do gol ocorrida no início do certame (sim, tenho mente de velho), lembro da defesa de mão trocada feita por ele. Já sei! Ele tinha que agarrar aquela bola, não é? Enfim, nosso paredão não teve muito trabalho e o único gol do Ah le lek Emelec surgiu da sempre vilã, bola desviada no zagueiro.

Samir - Bem... esse foi o zagueiro do tal desvio. O futebol traça destinos injustos. Que não seja imputada culpa a esse jovem que tem sido quase perfeito em sua função. Que menino incrível! Seguro, sempre bem posicionado, não inventa (só foi ao ataque no fim, como que numa tentativa de redenção, que não julgo necessária, porque ele tem muito crédito), não se omite e é entrega total na marcação dos oponentes. Um craque! Hoje, pra mim, um dos 4 melhores em campo.

Wallace - O gladiador da nossa defesa. Reverteu toda desconfiança inicial, transformando-a em apoio. É quase uma unanimidade, e faz da dupla com Samir, uma das melhores do Brasil.

Leo Moura - O inesgotável. Ainda não o vi jogar mal esse ano. Com esse eu queimei a língua. Quantos chegam à sua idade jogando com tamanha intensidade? Nem me culpo. Leo Moura é um monstro! Seria injusto dizer que ele é o Vasco segundo maior lateral direito de nossa história? Quando peca é por ação, nunca por omissão. Foi assim no cartão amarelo de hoje, após falta dura. Leonardo da Silva Moura, jogue mais uns dez anos, por favor.

André Santos - O vejo como um jogador hábil, técnico, com certas limitações físicas tá um pouco gordo. Hoje, seu desempenho superou as expectativas e o sobrepeso e vimos André Santos dar uma assistência perfeita pro Brocador, após belo lance de corpo roliço. Aliás, um dos pontos fortes do André é o passe, além da experiência e poder de criação pena que tá pançudo. Fico pensando que Leo Moura e André Santos, com alguns anos a menos, seriam uma dupla histórica.

Muralha - A instabilidade típica dos mais novos. Luiz Antônio também foi assim, até se tornar um dos heróis da conquista da Copa do Brasil 2013 e um dos pilares daquele esquema campeão. Como não acompanho novela, não sei o que houve com o referido rapaz. O Muralha já jogou bem como primeiro e como segundo volante. É um jogador técnico, de bom porte físico, com bom passe, assim como seu chute de média distância. Mas é afoito. Penso que merece nossa paciência. Hoje, foi apagado e facilmente vencido nos embates homem a homem, dando uma dificultada na vida do paraguaio multiuso.

Cáceres - Injustiçado pela memória curta de alguns torcedores, que tantas vezes pediram sua inclusão na barca com destino ao "nunca mais". Me lembro do seu esforço para vir jogar no Flamengo. Mas não o apoio só por isso. Hoje, pra mim, Cáceres foi ainda melhor que lá no México. Quase impecável defensivamente, chegando a atuar dentro da área com a zaga, em alguns momentos, ainda tentou jogadas de ataque, com bons lançamentos, sendo que um deles encontrou Everton, que terá destaque mais abaixo. E pra quem o acusou de lesma, a forma como puxou o contra-ataque do 3º gol, merece uma menção honrosa.

Elano - Não peçam que ele corra, dê carrinhos, faça lances de efeito. Deem a ele dois lances. Em um ele faz um gol de falta e no outro arranja um passe de letra / calcanhar pro André Santos fazer a assistência que mencionei acima. Como é bom ter um cérebro de novo na equipe!

Mugni - Também merece nossa paciência. Jovem, comprado por baixo custo e habilidoso. Compará-lo ao Carlos Eduardo é uma temeridade. Hoje, foi um a menos em campo, mas substituído no momento certo.

Everton - Esse é o gladiador onipresente. Supriu a ausência do Paulinho com louvor. Defende, ataca, sempre com vigor e agressividade e não se cansa. Que bom que aqui a justiça se fez presente e Everton deixou o dele, após uma tentativa frustrada por um zagueiro que teimou em aparecer no caminho da bola, após ter ficado rendido no chão o goleiro adversário. Antes disso, ainda no 1º tempo, já havia acertado a trave. Chutou de longe outras vezes, demonstrando a gana, a raça que lhe é característica e que a torcida tanto admira e valoriza. Na chance certa, liberou o terceiro grito da massa rubro-negra espalhada por esse mundo.

Hernane - Será que vai? Foi a despedida? Sei é que, seja lá quem for nosso camisa 9, a bola precisa chegar. A maldição do Vagner Love não pode persistir. Essa história de ficar vendo o homem de referência atrás do meio-campo, passando mais tempo brigando pela bola do que a recebendo na área, é inconcebível, principalmente quando se tem um "Brocador". Uma chance clara, um gol. Simples assim. Hernane assim. Se for, obrigado por tudo, Hernane e te desejo a melhor sorte lá no Oriente.

Feijão - Ficou em campo por tempo suficiente para tomar um cartão amarelo.

Alecsandro - Tem mostrado que sabe ser mais que um "cone", como o consideravam os torcedores das equipes por onde passou. Sabe fazer gol e isso é indiscutível. Mas sabe também jogar atrás do último homem do ataque. Arranca, dribla, passa, lança... estamos vendo um Alecsandro mais maduro e versátil. Tenho animadoras perspectivas sobre o que ainda pode fazer pelo Mengão. Por enquanto, é o homem do 2º tempo.

Gabriel - Esse merece ficar por último na análise. Já tinha se tornado comum ver torcedores pedindo sua cabeça. Mas, quem viu aquele garoto franzino, liso, rápido, habilidoso e com vocação de atacante, no Bahia, não podia estar tão enganado. Bastou um tempo a mais de pré-temporada e pronto! Aos que queriam a saída de Cáceres e Gabriel, sugiro que não opinem sobre Erazo e Mugni. Aliás, sobre ninguém. Gabriel entrou no jogo pedindo, exigindo a sua vaga. Vem jogando um absurdo e é capaz de alterar a disposição de toda a equipe. Desde o tempo das críticas, não tem medo de chutar. Junte-se a isso uma postura ofensiva agressiva e hábil, capaz de desmontar uma retranca como a do Ah, Moleque! Emelec. Gabriel, seu lugar é entre os 11. Te vira, Jayme!

Jayme - Por falar em Jayme, ver desmontado um esquema que garantiu um título de nível nacional, e entrar numa competição internacional em seguida, não é brincadeira. Elano não faz a função do Elias, mas faz outra que ninguém antes fazia. Cáceres tem mostrado a versatilidade necessária para cobrir, ora esta vaga, ora a do outro rapaz que resolveu jogar em outros campos. E o melhor: barrou o Carlos Eduardo! Jaymão, estou fechado contigo! Se você conseguir superar os percalços que estamos enfrentando, teu posto de herói rubro-negro em nossos corações estará assegurado.

Hoje foi um dia de vestir a camisa do Mengão e não querer mais tirar. Temos condições de granjear uma vaguinha na próxima fase. E como cada degrau é galgado no seu tempo, hoje é tempo de comemorar. Comemore e não se contente com um lugar que não seja o seu, o nosso. Que seja incompatível com a glória de ser um torcedor flamenguista.

Adiando a primeira postagem...

Como a "homenagem" ao Carlos Eduardo não conta como post, porque transcende esta condição e consiste quase na razão de existir desse espaço, fiquei pensando no que mais escrever aqui. Quis traçar algumas linhas a título de análise das partidas do Mengão. Para isso, era só esperar o esquadrão rubro-negro entrar em campo. Pensei: "Começo amanhã! É meu aniversário e é dia de Fla x Flu". Bem... próxima sugestão. Estreia na Libertadores... acho que logo terei uma ocasião melhor. Aí veio o Vasco... nenhuma novidade e não vou dar margem a questionamentos do freguês. Esperei outro adversário maior, mais imponente e importante. Aí vieram Madureira e Resende. Mas se superioridade frente ao Fiasco da Grama Vasco da Gama for critério, vou ser obrigado a escrever sobre todos os jogos do Carioca, além dos amistosos, etc. Enfim, chega o dia 27/02/2014... vamos registrar nossa história!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Contando as horas...

Ah, Carlos Eduardo... não vejo a hora! Não sei a paciência dos meus colegas torcedores, mas a minha...